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EUA vão doar 20 milhões de vacinas

Para já devem ser apenas 20 milhões, mas os Estados Unidos planeiam doar 80 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Joe Biden não adiantou quem iria receber as vacinas, mas está a trabalhar com países parceiros para escalar a iniciativa.

O presidente americano espera ter mais novidades depois da cimeira do G7, que decorre em junho. Lusa_EPA/reuters
18 de Maio de 2021 às 11:54
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou esta segunda-feira que o seu país vai enviar, pelo menos, 20 milhões de doses adicionais de vacinas contra a covid-19 para países em dificuldades até ao final de junho. Ascendendo aos 80 milhões - o número total planeado - esta será a maior doação de sempre.

"Estas são vacinas que estão autorizadas para serem administradas no braço de americanos e, até ao final de junho, vamos ter entregue vacinas suficientes para proteger toda a população dos Estados Unidos. Os Estados Unidos vão partilhar pelo menos 20 milhões dessas doses (...), isso quer dizer que ao longo das próximas seis semanas os Estados Unidos vão enviar 80 milhões de doses para o estrangeiro", disse o presidente americano, Joe Biden.

Segundo a estação americana ABC, os primeiras 60 milhões de doses serão todos da AstraZeneca e produzidos nos Estados Unidos. Já os restantes 20 milhões serão das várias farmaceuticas, onde se incluem as formulações da Moderna, Janssen e Pfizer.

O presidente americano, que não especificou que países estariam do outro lado da doação, fez também questão de garantir que, com esta doação, o país teria doado mais vacinas do que os seus rivais geopolíticos, a Rússia e a China. Esta deve também ser a maior doação de vacinas até à data por "cinco vezes".

Mas o gesto norte-americano pode estar enquadrado numa iniciativa maior. Na mesma declaração, Joe Biden explicou que "nas semanas que se seguem, com as democracias do mundo, vamos coordenar um esforço multilateral para acabar com a pandemia. Espero anunciar progressos nesta área durante a cimeira do G7 no Reino Unido, em junho, na qual pretendo estar presente".

A iniciativa pode demorar algum tempo a fazer efeito e está dependente da colaboração de outros países, mas o presidente americano acredita que o investimento é benéfico e deixará ao mundo "a capacidade de fabrico para preparar para a próxima crise [epidemiológica]".

Covax tem vacinas a menos
O gesto norte-americano não podia vir em melhor altura perante a escassez de vacinas que atingiu o Covax, o organismo internacional de solidariedade e distribuição de vacinas que tem fornecido doses aos países menos favorecidos.

Devido à forte onda pandémica que tem atingido a Índia desde o mês de março, o país - que é o maior exportador de vacinas do mundo - viu-se obrigado a suspender as exportações e, desde então, que tem falhado todos os compromissos assumidos com a OMS.

No total, o Covax tem já em falta 140 milhões de doses, segundo a agência Lusa. O défice deve chegar aos 190 milhões até junho.

A UNICEF, que também tem contribuído para o Covax, fez entretanto um apelo para que os países do G7 e da União Europeia aumentem as suas doações.

Segundo as estimativas da organização, em conjunto, estes países terão capacidade para doar cerca de 150 milhões de doses sem comprometer os seus próprios esforços de vacinação.

Até à data este organismo terá já entregue 65 milhões de doses a 124 países.
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