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Economia europeia sofreu em março "colapso sem precedente". PMI cai para mínimo histórico

O índice PMI, que mede o pulso à saúde da economia europeia, caiu para mínimos históricos em março, numa altura em que as medidas anunciadas pelos governos para conter o coronavírus estão a paralisar os serviços.

24 de Março de 2020 às 10:55
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O índice PMI (Purchasing Managers' Index), que mede o pulso à saúde económica dos países da Zona Euro, caiu de 51,6 pontos em fevereiro, para 31,4 pontos em março, na sessão desta terça-feira, dia 24 de março, o que representa um mínimo histórico.

Desde que o índice foi criado, em julho de 1998, nunca o compósito geral tinha atingido valores mensais tão baixos. 
A queda foi geral em toda a região, de acordo com o relatório publicado pelo IHS Markit, e o setor dos serviços foi o mais prejudicado com uma queda de 52,6 pontos em março para os 28,4 pontos em fevereiro foi a que mais se realçou. 

"A economia da Zona Euro sofreu um colapso sem precedente na sua atividade em março, com o impacto do coronavírus a instensificar-se", pode ler-se no relatório divulgado.

Chris Williamson, economista-chefe do IHS Markit, disse que "a atividade económica da Zona Euro entrou em colapso em março, num grau muito superior ao observado mesmo no auge da crise financeira global em 2008", acrescentando que tal "sugere que os esforços dos formuladores de políticas monetárias até o momento não conseguiram iluminar o cenário sombrio".

O Banco Central Europeu (BCE) usou a bazuca e anunciou um programa de compra de ativos do setor público e privado, no valor de 750 mil milhões de euros, destinado a estimular as economias bastante castigadas pela covid-19. As compras decorrem até ao final de 2020 e incluirão todas as classes de ativos elegíveis no âmbito do atual programa de compra de ativos. 

Jack Allen-Reynolds, economista sénior da Capital Economics, afirma que "a queda de março no PMI da Zona Euro é tão acentuada que, a qualquer outro momento, pareceria um erro. Mas agora tudo é possível, e os dados de abril podem ser ainda piores", abrindo a porta a uma queda trimestral de 3% do PIB (produto interno bruto) nos primeiros três meses deste ano o que, a acontecer, "será similar à maior queda trimestral do PIB durante a crise financeira global", escreve o analista, numa nota divulgada. 
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