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Confiança dos empresários na Alemanha colapsa em março para mínimo de 2009
A falta de confiança no futuro dos negócios germânicos deixa sinais preocupantes no que toca à saúde económica do Velho Continente, onde a Alemanha é a maior potência.
A confiança nas perspetivas de negócio na economia alemã desceu abaixo das expetativas em março, mostrando a maior quebra desde a unificação do país, em 1990, e recuando a um mínimo de 2009.
Os dados são do Ifo, o instituto de investigação económica alemão, que os revelou esta quarta-feira, 25 de março. O índice que avalia o clima nos negócios caiu de 96 para 86,1 entre fevereiro e março, ou seja, uma marca que só encontra equivalente em julho de 2009. As expetativas apontavam para os 87,7.
"A economia alemã está em choque", comentou o instituto através da sua página de Twitter. "As expetativas das empresas, em particular, ficaram mais negras, como nunca antes visto".
Estes números surgem numa altura em que a epidemia de coronavírus ditou o isolamento social dos cidadãos, travando desta forma o consumo, e quando o mesmo surto impele o encerrar de muita da atividade industrial, tanto na Alemanha como nas outras grandes economias à qual esta está ligada.
O Governo alemão anunciou o lançamento de uma linha de crédito de 550 mil milhões de euros com o objetivo de apoiar as empresas e avançou medidas extra de 750 mil milhões de euros, medidas que visam contrariar o impacto negativo do vírus nos negócios.
O pessimismo na Alemanha faz soar mais alarmes no que toca à perspetiva de que os países da zona euro se estejam a encaminhar para uma das piores- senão a pior – recessão na história.
As perspetivas negativas sobre a economia germânica são conhecidas um dia depois de a estimativa flash do IHS Markit para o índice PMI (Purchasing Managers' Index), que mede o pulso à saúde económica dos países da Zona Euro, ter registado o maior mergulho de sempre, de 51,6 para 31,4, aterrando de cabeça num mínimo histórico.