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Covid-19: Recursos financeiros não serão problema, mas Governo ainda não diz quanto quer gastar

Recursos financeiros não serão um problema para assegurar compra de material de proteção e contratação de profissionais para lidar com a pandemia de covid-19. Governo está a trabalhar para aumentar a realização de testes, mas só com certificação do Instituto Ricardo Jorge.

20 de Março de 2020 às 14:01
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O secretário de Estado da Saúde, António Sales, assegurou que a alocação de recursos financeiros para o combate à pandemia do novo coronavírus "nunca" será um problema, mas não avança para já que montante prevê gastar para reforçar o Serviço Nacional de Saúde.

"Nunca será por questões do ponto de vista financeiro que não haverá recursos técnico e humanos", garantiu António Sales nesta sexta-feira, 20 de março, na conferência de imprensa diária sobre o ponto de situação da covid-19 em Portugal.

O Negócios questionou o Ministério da Saúde sobre as medidas que estão a ser tomadas para reforçar o Sistema Nacional de Saúde para combate à pandemia e qual o montante de despesa correspondente a esse reforço. Mas António Sales não só não quantificou que recursos estão a ser adquiridos, como não falou em valores.

"Estão a ser tomadas muitas medidas ao nível técnico e de recursos humanos. Garantidamente que essa questão da alocação de recursos financeiros nunca se colocará", disse.


"Esses recursos estão a ser montados em escala, quer ao nível regional, quer ao nível local. Este plano de articulação, a esses níveis, é fundamental para que todas as unidades de saúde, todos os hospitais e centros de saúde sejam equipados quer tecnicamente, quer em recursos humanos", afirmou António Sales.

O secretário de Estado já tinha destacado o reforço do centro de contacto do serviço Saúde 24 e da Linha Apoio ao Médico, que ontem atendeu 4.150 chamadas (com 40 médicos voluntários em atendimento simultâneo).

António Sales revelou ainda que há "várias linhas de encomendas a ser trabalhadas pelo Ministério da Saúde", que está a verificar a disponibilidade de instituições e empresas de material de proteção individual, ventiladores e monitores de acompanhamento.

O governo português está a ir ao mercado externo buscar material, dado que a produção nacional não é suficiente. 

Aumentar testes é prioritário, mas só com certificação

"Estamos a englobar novos laboratórios na rede. O mercado tem respondido com soluções, mas todas as respostas têm de passar pelo crivo de segurança do Instituto Nacional Doutor Ricardo Jorge. A fiabilidade em matéria de testagem é determinante", salvaguardou o secretário de Estado.

Segundo disse hoje a diretora-geral de Saúde, o número de testes que está a ser feito "varia e não é obrigatório necessariamente ser crescente", já que "depende das pessoas que têm indicação para o fazer". Neste momento, a DGS recomenda os testes de despiste da covid-19 a pessoas com sintomas e a profissionais de saúde. 

Pelas contas de Graça Freitas, na quinta-feira passada foram feitos cerca de 1.000 testes - dos quais 850 aguardam resultados. "Este número varia consoante a capacidade de testar pessoas", disse.

A diretora-geral de saúde lembrou que Portugal tem a capacidade de fazer 9.000 testes, assegurando que "se fosse necessário seriam feitos". 

"Não abdicamos do controlo de qualidade", afirmou. 

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