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Covid-19: OMS alerta que restrições devem ser retiradas "devagar e controladamente"

A questão levanta-se numa altura em que vários países começam a preparar o regresso à normalidade, como é o caso da Áustria, Dinamarca, Itália, Noruega, Espanha e Estados Unidos.

13 de Abril de 2020 às 17:28
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) deixou um aviso aos vários países afetados pelo surto de covid-19: o novo coronavírus avançou depressa mas será mais lento a recuar, defende esta autoridade, que neste sentido recomenda cautela na retirada de restrições.

"Ao mesmo tempo que a covid-19 acelera muito rapidamente, desacelera muito mais devagar", afirmou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na conferência de imprensa desta segunda-feira, para depois acrescentar: "isto significa que as medidas de contenção devem ser levantadas devagar e controladamente. Não pode acontecer tudo de uma vez".

A questão levanta-se numa altura em que vários países começam a preparar o regresso à normalidade. A Áustria e a Dinamarca foram os dois primeiros países do bloco europeu a avançarem com um alívio das medidas implementadas para conter o coronavírus, mas Itália, Noruega e Estados Unidos também já estão a olhar para essa possibilidade. em Espanha, a partir desta segunda-feira, os trabalhadores da indústria e da construção vão poder voltar aos postos de trabalho.

De acordo com a OMS, o único cenário no qual os atuais procedimentos podem ser revertidos, é quando existir uma "capacidade significativa para rastrear os contactos". A mesma entidade defende que as restrições devem, ainda, ser retiradas primeiro nas áreas de baixo risco e que a Europa não deveria caminhar para o alívio de uma só vez. Em qualquer dos casos, a previsão é de que o comportamento dos cidadãos terá de ser mantido inalterado "por muito tempo".

Uma das novidades avançadas na mesma conferência e que reforça o sentido da cautela, é que, para a OMS, não é claro se os pacientes que já foram infetados e recuperaram do vírus são imunes a uma segunda infeção. Um teste feito a pacientes em Xangai apurou que em alguns pacientes não foi detetada uma resposta imunológica, ao contrário de outros.

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