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Comércio global indica retoma mais rápida do que no pós-Lehman

O comércio global dá sinais de estar a recuperar mais rapidamente da pandemia de coronavírus do que após a crise financeira de 2008, de acordo com o Instituto Kiel para a Economia Mundial, da Alemanha.

O défice comercial de bens passou de 6% do PIB em 2015 para 9,7% em 2019. É o valor mais alto desde 2010.
Paulo Duarte
05 de Setembro de 2020 às 19:00
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Os volumes de embarques já estão em níveis que demoraram mais de um ano a ser atingidos depois do colapso do Lehman Brothers, sugerindo uma recuperação em V, disse o presidente da instituição, Gabriel Felbermayr.

O comércio passa por uma "queda profunda e uma recuperação rápida", disse. "A situação atual é significativamente melhor" do que há uma década.



A pandemia está a levar a economia global para o que pode ser a crise mais profunda desde a Grande Depressão. A recuperação inicial reflete o fim das rígidas restrições para conter o vírus, e as autoridades alertam contra o otimismo prematuro de que o pior já passou.

No início de agosto, a Organização Mundial do Comércio disse que as projeções de forte recuperação do comércio em forma de V em 2021 poderiam ser "excessivamente otimistas".

No entanto, outras instituições - entre elas o Instituto Kiel – mostram-se mais confiantes. Na segunda-feira, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, destacou um "renascimento do comércio".

O governo da Alemanha, cuja economia tem forte dependência das exportações, estima que o impacto económico do coronavírus seja menor do que o previsto este ano.

O Instituto Kiel destaca que a atividade de embarque de contentores em áreas-chave apoia a sua conclusão, com a normalização dos movimentos de navios nas Américas, Ásia e Europa. A capacidade de carga voltou aos níveis que seriam esperados para o final de agosto, mesmo sem uma crise.

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