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China perde confiança internacional devido à gestão da crise pandémica
A maioria da população mundial não deposita confiança na China, depois de acreditarem que os chineses não foram transparentes quanto à origem do vírus e à gravidade da situação.
Com a maioria das pessoas a acreditarem que a China foi responsável pelo surgimento da covid-19 e que não foi transparente na sua forma de comunicar o problema, os chineses encontram-se descredibilizados.
Uma sondagem da YouGov-Cambridge Globalism, realizada em parceria com o The Guardian, analisou a opinião de 26 mil pessoas de 25 países, concluindo que a maioria acredita que a China não foi transparente quanto à Covid-19. Nesta pesquisa é colocada em causa a atitude da China perante a pandemia, mesmo depois dos diplomatas chineses se terem esforçado por desculpar o país e ajudar outras nações a lidar com a pandemia.
Todos os inquiridos, exceto os chineses, acreditam que a Covid-19 surgiu na China, em 2019. A Nigéria é o país com uma taxa mais elevada (98%), seguido pela Grécia, África do Sul (97%) e Espanha (96%). Os países com as taxas mais baixas foram a Arábia Saudita (83%) e os Estados Unidos, onde 84% consideraram a China foi a responsável pelo começo da pandemia.
Por outro lado, apenas 52% dos chineses acreditam que o vírus surgiu no seu país, sendo que mais de um em cada dez (12%) não tinha qualquer tipo de ideia quanto à origem do vírus. Pouco menos de um terço dos chineses acredita que a covid-19 teve origem nos EUA.
Quanto à possibilidade de a China ter punido os médicos que alertaram para a gravidade do vírus, os inquiridos mostram maiores dúvidas. A Grécia foi o único país que manifestou alguma certeza quanto à possibilidade dos chineses terem efetivamente punidos estes especialistas de saúde. No entanto não são os únicos a acreditar, sendo que a maioria dos inquiridos na África do Sul e na Nigéria creem também nesta permissa. Esta situação irá ser apurada por uma investigação realizada pela Organização Mundial de Saúde, segundo o Guardian.