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Chega contra estado de emergência devido a "restrições absurdas" do Governo

O Chega vai votar contra um novo estado de emergência, pois "não interessa nada ter o melhor decreto presidencial de estado de emergência se depois é o governo que legisla", disse André Ventura.

17 de Novembro de 2020 às 17:31
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O Chega vai mudar o sentido de voto na apreciação do estado de emergência na Assembleia da República por não concordar com as restrições impostas pelo Governo, que classifica de "absurdas".

 

André Ventura, após uma audiência com o Presidente da República, revelou aos jornalistas que desta vez o Chega vai votar contra, caso o decreto presidencial seja votado na sexta-feira, tal como está previsto.

 

"Deixamos claro ao Presidente da República" que o nosso voto contra "nada tem que ver com o decreto do Presidente da República", mas antes "com o facto de nos termos sentido enganados e defraudados na última votação do estado de emergência", em que o partido se tinha abstido. "Não interessa nada ter o melhor decreto presidencial de estado de emergência se depois é o governo que legisla", acrescentou.

 

Ventura criticou as "restrições absurdas que o governo decidiu impor no âmbito deste estado de emergência, que estão a criar um caos económico gigantesco", bem como um "caos social". Segundo o líder do Chega, o Governo "aproveitou" o estado de emergência para avançar com "restrições absurdas e muitas vezes confusas, e mudá-las já dentro da execução".

 

Ventura revelou que o partido deu entrada em tribunal com mais uma ação para o levantamento das restrições aos restaurantes e comércio, sobretudo ao fim de semana. "Esperemos que a justiça possa avaliar a desproporção das restrições e a inadequação para conter a pandemia", afirmou.

 

Tal como já tinha revelado o líder da Iniciativa Liberal, Ventura confirmou que o Presidente da República vai "provavelmente" avançar para a prorrogação do estado de emergência.

 

Sobre o Orçamento do Estado, que também é tema das audições de Marcelo com os partidos, Ventura assinalou que uma crise política na votação final global vem no "pior dos momentos", pois surgirá no "meio da luta pandémica" e quando "vamos ter eleições presidenciais".

 

"A esquerda nem aqui se consegue entender. Quando correu bem andaram sempre de mãos dadas", mas "quando corre mal querem deixar o PS sozinho", acusou.

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