Notícia
Cabo Verde é o primeiro país africano com financiamento do Banco Mundial para vacinas
O Banco Mundial explica que o financiamento será feito através da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), permitindo ao Governo de Cabo Verde comprar, além das vacinas, também equipamentos de proteção pessoal, como máscaras e suprimentos médicos, "de modo a garantir uma implementação eficaz da campanha de vacinação".
11 de Fevereiro de 2021 às 22:23
O Banco Mundial aprovou hoje um financiamento adicional de cinco milhões de dólares, para apoiar Cabo Verde na aquisição de 400.000 vacinas para covid-19, a primeira ação do género atribuída pela instituição a um país africano.
Em comunicado, o Banco Mundial explica que o financiamento será feito através da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), permitindo ao Governo de Cabo Verde comprar, além das vacinas, também equipamentos de proteção pessoal, como máscaras e suprimentos médicos, "de modo a garantir uma implementação eficaz da campanha de vacinação".
"Esta é a primeira operação financiada pelo Banco Mundial em África para apoiar o plano de imunização de um país para covid-19 e auxiliar na compra e distribuição da vacina em linha com a iniciativa COVAX, de Acesso Global às Vacinas de covid-19", sublinha aquela instituição financeira internacional, que efetua empréstimos a países em desenvolvimento.
Este projeto permitirá financiar, igualmente, a compra de equipamento e transporte para uma cadeia de frio das vacinas e a "melhoria da infraestrutura de saúde para ajudar na reabertura do país ao turismo", setor que está parado desde março de 2020 e que garantia antes 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Num contexto de uma "segunda vaga" da pandemia a provocar "grave impacto nas vidas e economias" africanas, "fechando escolas e negócios", o Banco Mundial pretende reforçar o apoio aos países na compra e de distribuir vacinas, testes e tratamentos, bem como os "sistemas de vacinação", explica Ousmane Diagana, vice-presidente do Banco Mundial para a África Ocidental e Central, citado no comunicado.
"Cabo Verde tem imensa experiência com campanhas de vacinação e está bem preparado para dar início à implementação das vacinas este mês. Esta é uma medida crucial para ajudar a assegurar o futuro do povo cabo-verdiano, para recuperar empregos e realavancar a indústria do turismo, particularmente impactada pela pandemia", sublinha Ousmane Diagana.
O Banco Mundial reconhece que a economia cabo-verdiana "tem sido drasticamente afetada pela crise", com uma recessão económica equivalente a 11% do PIB em 2020, devido à queda de 70% na procura turística e com a taxa de desemprego a duplicar, para cerca de 20%, fazendo disparar os níveis de pobreza "no curto prazo".
"Após meses de trabalho rigoroso e de grande colaboração, enche-nos de muita satisfação a aprovação pelo Banco Mundial desse financiamento adicional para ajudar Cabo Verde a comprar e distribuir vacinas contra o vírus da covid-19", assume o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, citado igualmente no comunicado.
"Estamos agora empenhados em assegurar que a população seja prontamente vacinada, de forma a podermos restabelecer o crescimento económico de uma maneira mais resiliente e diversificada", acrescenta Olavo Correia.
Cabo Verde conta com uma população estimada de 550.000 pessoas e para ajudar a preparar o Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19, recorda a instituição, foi feita uma "avaliação de aptidão da vacina", pelo Governo de Cabo Verde com apoio do Banco Mundial, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
"A avaliação demonstrou que as preparações estão bem encaminhadas, o quadro legal e o processo de identificação da população visada estão instalados, e Cabo Verde está agora apto a fazer recurso ao Compromisso de Mercado Avançado da Iniciativa COVAX (CMA-COVAX) como principal mecanismo para a compra de vacinas", conclui o comunicado do Banco Mundial.
Na resposta à pandemia de covid-19 em Cabo Verde, o Banco Mundial refere que já aprovou financiamentos de cerca de 50 milhões de dólares, no reforço dos cuidados de saúde, apoios sociais e retoma da atividade económica.
Em comunicado, o Banco Mundial explica que o financiamento será feito através da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), permitindo ao Governo de Cabo Verde comprar, além das vacinas, também equipamentos de proteção pessoal, como máscaras e suprimentos médicos, "de modo a garantir uma implementação eficaz da campanha de vacinação".
Este projeto permitirá financiar, igualmente, a compra de equipamento e transporte para uma cadeia de frio das vacinas e a "melhoria da infraestrutura de saúde para ajudar na reabertura do país ao turismo", setor que está parado desde março de 2020 e que garantia antes 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Num contexto de uma "segunda vaga" da pandemia a provocar "grave impacto nas vidas e economias" africanas, "fechando escolas e negócios", o Banco Mundial pretende reforçar o apoio aos países na compra e de distribuir vacinas, testes e tratamentos, bem como os "sistemas de vacinação", explica Ousmane Diagana, vice-presidente do Banco Mundial para a África Ocidental e Central, citado no comunicado.
"Cabo Verde tem imensa experiência com campanhas de vacinação e está bem preparado para dar início à implementação das vacinas este mês. Esta é uma medida crucial para ajudar a assegurar o futuro do povo cabo-verdiano, para recuperar empregos e realavancar a indústria do turismo, particularmente impactada pela pandemia", sublinha Ousmane Diagana.
O Banco Mundial reconhece que a economia cabo-verdiana "tem sido drasticamente afetada pela crise", com uma recessão económica equivalente a 11% do PIB em 2020, devido à queda de 70% na procura turística e com a taxa de desemprego a duplicar, para cerca de 20%, fazendo disparar os níveis de pobreza "no curto prazo".
"Após meses de trabalho rigoroso e de grande colaboração, enche-nos de muita satisfação a aprovação pelo Banco Mundial desse financiamento adicional para ajudar Cabo Verde a comprar e distribuir vacinas contra o vírus da covid-19", assume o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, citado igualmente no comunicado.
"Estamos agora empenhados em assegurar que a população seja prontamente vacinada, de forma a podermos restabelecer o crescimento económico de uma maneira mais resiliente e diversificada", acrescenta Olavo Correia.
Cabo Verde conta com uma população estimada de 550.000 pessoas e para ajudar a preparar o Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19, recorda a instituição, foi feita uma "avaliação de aptidão da vacina", pelo Governo de Cabo Verde com apoio do Banco Mundial, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
"A avaliação demonstrou que as preparações estão bem encaminhadas, o quadro legal e o processo de identificação da população visada estão instalados, e Cabo Verde está agora apto a fazer recurso ao Compromisso de Mercado Avançado da Iniciativa COVAX (CMA-COVAX) como principal mecanismo para a compra de vacinas", conclui o comunicado do Banco Mundial.
Na resposta à pandemia de covid-19 em Cabo Verde, o Banco Mundial refere que já aprovou financiamentos de cerca de 50 milhões de dólares, no reforço dos cuidados de saúde, apoios sociais e retoma da atividade económica.