Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Boris Johnson espera acabar com restrições em junho. Lojas, cabeleireiros, bibliotecas e ginásios abrem em abril

A primeira etapa começa com o regresso às aulas de escolas e universidades dentro de duas semanas, a 08 de março, data em que também vão passar a ser permitidos encontros sociais entre duas pessoas ao ar livre. 

A carregar o vídeo ...
22 de Fevereiro de 2021 às 17:18
  • ...

O Governo britânico anunciou hoje que pretende levantar todas as restrições impostas devido à pandemia de convid-19 a 21 de junho, ao longo de um processo a desenvolver em quatro etapas.

O plano de desconfinamento para Inglaterra apresentado pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, no Parlamento prevê quatro grandes etapas com cinco semanas de intervalo, começando com a reabertura das escolas em 08 de março.

O roteiro, garantiu, é baseado em "dados, não datas", com o objetivo de "guiar cautelosamente, mas irreversivelmente" o país para o fim do confinamento decretado em janeiro. 

Assim, a primeira etapa começa com o regresso às aulas de escolas e universidades dentro de duas semanas, a 08 de março, data em que também vão passar a ser permitidos encontros sociais entre duas pessoas ao ar livre. 

Atualmente, as regras permitem apenas o convívio com uma pessoa de fora do agregado familiar apenas para fazer exercício e a ordem mantém-se para as pessoas trabalharem de casa e minimizarem as saídas para limitar a transmissão do vírus.  

A segunda etapa chega a 12 de abril, lojas, cabeleireiros, bibliotecas e ginásios vão poder abrir, e bares e restaurantes vão poder servir em esplanadas, e a 17 de maio serão autorizadas cinemas, teatros, salas de teatro e concertos e eventos com até 30 pessoas. 

A quarta e última etapa está prevista para 21 de junho, quando o Governo espera remover as restrições de contacto social, permitindo a reabertura de discotecas e grandes eventos públicos, como festivais. 

Boris Johnson determinou quatro critérios para continuar a aliviar as restrições, nomeadamente que o plano de vacinação continua sem problemas, que há sinais de redução das hospitalizações, mortes e número de casos e que não surja uma nova variante que seja resistente às vacinas. 

Resultados preliminares de um estudo pelas autoridades de Saúde públicas feito em Inglaterra mostram que a vacina da Pfizer reduziu as hospitalizações em 65%, mas os resultados, embora positivos, ainda não são conclusivos em relação à vacina da AstraZeneca.  

Na Escócia, um estudo semelhante mostra que vacinas da Pfizer e AstraZeneca reduzem o risco de internamento hospitalar devido ao vírus em até 85% e 94%, respetivamente.

O plano foi bem recebido pelo Partido Trabalhista, principal partido da oposição, mas sindicatos de professores criticaram a abordagem, defendendo um regresso às aulas faseado, como vai ser feito na Escócia e País de Gales, e prioridade para os professores na segunda fase do programa de vacinação. 

Devido à regionalização dos poderes, as regras são diferentes na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, e determinadas pelos Governos autónomos. 

Por outro lado, um grupo de deputados do Partido Conservador liderados por Mark Harper urgiu o primeiro-ministro a levantar o confinamento na totalidade no final de abril, quando se espera que todos os maiores de 50 anos e ou pessoas com morbilidades associadas estejam vacinadas. 

O Reino Unido é um dos países mais avançados do mundo em termos de vacinação, tendo administrado uma primeira dose a mais de 17,7 milhões de pessoas, cerca de um terço da população adulta no país.

Porém, tem também um dos balanços mais pesados em termos de mortalidade, 120.757 confirmadas desde o início da pandemia covid-19, o mais alto na Europa e o quinto a nível mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, Índia, Brasil e México.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.466.453 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.023 pessoas dos 798.074 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Ver comentários
Saber mais Boris Johnson Reino Unido Governo Inglaterra Pfizer AstraZeneca
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio