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Biden terá planos para enviar mais 20 milhões de doses de vacinas para o estrangeiro

Os Estados Unidos vão partilhar mais 20 milhões de doses de vacinas até ao final do mês de junho. Pela primeira vez, serão também enviadas para o estrangeiro vacinas que receberam autorização para uso doméstico, como os fármacos da Pfizer, Moderna ou da Johnson & Johnson.

A administração Biden aprovou um plano de 1,9 biliões de dólares para ajudar a economia dos Estados Unidos a recuperar da crise da covid.
Shawn Thew/EPA
17 de Maio de 2021 às 18:09
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O presidente dos Estados Unidos tem planos para partilhar mais 20 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 com outros países, avança a agência Bloomberg, que refere que o anúncio será feito ainda esta segunda-feira. E, pela primeira vez, os Estados Unidos irão também incluir na partilha de fármacos vacinas que foram aprovadas para uso no país, num momento em que a oferta começa a ultrapassar a procura.

Assim, na lista de vacinas a enviar para outros países irão constar também os fármacos da Pfizer, Moderna e da Johnson & Johnson, indica uma fonte próxima do plano da administração norte-americana.

Em ocasiões anteriores, Joe Biden já tinha anunciado que o país partilharia 60 milhões de doses da vacina da AstraZeneca com outros países. A vacina desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca não recebeu autorização para ser incluída na campanha de vacinação dos Estados Unidos.

A confirmar-se este plano de Biden, o anúncio chega num momento em que os Estados Unidos têm sido alvo de críticas por não partilhar as doses em excesso que detêm das vacinas, isto numa fase em que as inoculações estão a abrandar no país. Neste momento, de acordo com os dados globais da Reuters sobre a vacinação, quase 48% da população dos Estados Unidos já está vacinada contra a covid-19.

O fosso entre países ricos e países pobres salta novamente à vista no tema das vacinas: enquanto uma grande parte dos países desenvolvidos avança nos processos de vacinação os países em desenvolvimento continuam com acesso limitado às vacinas.

Em abril, o líder da Organização Mundial da Saúde (OMS) criticou a distribuição desequilibrada das vacinas. Na altura, cerca de 100 países concentravam 38 milhões de doses de vacinas. "Continua a existir um desequilíbrio chocante na distribuição global de vacinas", alertou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "Nos países com elevados rendimentos, quase uma em cada quatro pessoas já recebeu uma vacina. Nos países de baixos rendimentos, uma em mais de 500 pessoas foi vacinada."
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