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Europa deve apoiar fábricas de vacinas em África

Na sexta-feira, a Europa deve anunciar medidas de apoio à produção de vacinas no continente africano. A ideia é construir infraestruturas de combate à pandemia que diminuam a dependência de medicamentos no continente ao longo dos próximos anos.

Ursula Von der Leyen vai estar presente na cimeira que começa esta sexta-feira em Roma. Pool
17 de Maio de 2021 às 12:43
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O tópico da vacinação em países sem acesso a vacinas vai estar em discussão esta sexta-feira, em Roma durante a Global Health Summit e a construção de fábricas é uma opção à remoção das patentes das vacinas contra a covid-19, sugerida pelos Estados Unidos. 

No que toca à Europa a solução apresentada na sexta-feira deve passar pelo financiamento direto e através do Banco Europeu de Investimento com vista à construção de 'hubs' estratégicos para fomentar a produção de vacinas no continente que, até agora, tem estado dependente de importações e doações, segundo adianta o Financial Times.

Estas infraestruturas deverão depois ficar disponíveis para a fabricação de outro tipo de medicamentos já que o continente é fortemente dependente do exterior em matéria de medicação e vacinas.

A proposta da União Europeia contrasta com a dos Estados Unidos. O organismo liderado por Ursula Von der Leyen considera que levantar as patentes das vacinas contra a covid-19 não contempla questões como o 'knowhowque diz respeito à manufatura e tecnologia para a criação da capacidade de vacinação necessária no país, além de que alguns acordos internacionais sobre propriedade intelectual já oferecem algumas das vantagens essenciais previstas no levantamento de patentes.

Mas há mais propostas em vista, como o apoio à criação de um sistema regulatório continental à semelhança do acontece já na Europa com a Agência Europeia do Medicamento, sob a forma da Agência Africana do Medicamento. Um projeto terá já sido traçado em 2014 mas ainda não foi posto em prática.

Segundo adianta o jornal, as propostas da União Europeia têm em consideração as metas traçadas pela União Africana, que apontam para a produção no continente 60% de todas as vacinas de uso generalizado até 2040. Por esta altura, o continente africano produz apenas 1% de todas as vacinas utilizadas.

Num ano sem pandemia, o continente africano consome cerca de 25% da toda a produção de vacinas mundial em campanhas contra a poliomielite e o sarampo, sendo a Índia o principal fornecedor do continente.
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