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Barbot cria solução e dá cinco toneladas para a desinfeção de Gaia

A fabricante de tintas e vernizes, que tem sede no concelho, participa na luta contra a pandemia da covid-19 com uma solução que permitirá à Câmara de Gaia proceder à desinfeção de pavimentos, estradas e mobiliário urbano, entre outras superfícies.

Carlos Barbot, CEO da fabricante de tintas e vernizes Barbot.
08 de Abril de 2020 às 11:57
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A covid-19 propagou-se e chegou a Portugal no ano em que a Barbot se torna centenária. Fundada em 1920 no Porto, pegou de estaca em Gaia em 1958.

E foi a partir da margem sul do Douro que se tornou uma das maiores fabricantes portuguesas de tintas e vernizes, ocupando atualmente o pódio nacional do setor.

Na hora de se juntar à luta contra a pandemia, com Gaia a ocupar o indesejado pódio dos concelhos com mais casos de covid-19 no país, a Barbot decidiu produzir uma solução que permitirá desinfetar, "de forma eficaz", pavimentos, estradas ou mobiliário urbano desta cidade, com o objetivo de evitar a propagação do novo coronavírus.

Em produção na fábrica de Canelas e com entrega prevista para esta semana, a Barbot vai doar cinco toneladas de desinfetante à Câmara de Gaia, ficando a cargo da autarquia a aplicação da solução, através de pulverização.

"Desta forma, garante-se a segurança e o bem-estar da comunidade que diariamente frequenta os espaços públicos e minimiza-se a propagação do novo coronavírus", enfatiza a empresa, em comunicado.

"Mais do que nunca é o papel das empresas desempenharem um papel pró-ativo na luta contra a covid-19. Neste contexto de pandemia, a Barbot dispõe das ferramentas para criar um desinfetante e avançamos para a sua produção, com o intuito de doar à autarquia de Vila Nova de Gaia. Queremos que todos se sintam seguros quando for a altura da rotina regressar à normalidade", afirma Carlos Barbot, CEO do grupo Barbot.

O empresário garante que manterá o contacto com o presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, "para apoiar naquilo que for necessário para a desinfeção do espaço público, que é de todos".

Já Eduardo Vítor Rodrigues agradeceu o contributo da Barbot e passou uma mensagem positiva. "Num período tão complicado para a população e para o setor empresarial, de uma forma particular, é verdadeiramente inspirador ver que há um conjunto de empresas no nosso país e no nosso concelho que está a fazer jus à sua vertente de responsabilidade social", sublinha o autarca. "Vamos todos ficar bem."

Em 1981, após o incêndio que destruiu a unidade portuense, Carlos Barbot sucedeu na liderança à mãe, Zaida, filha do fundador. Em 1994 comprou a Sodulax e em 2000 a Anpal, tendo dois anos depois inaugurado uma nova fábrica em Gaia.

E em 2009 adquiriu a espanhola Jallut, tendo há precisamente um ano voltado às compras com a integração da Diera.

Com fábricas em Portugal (quatro), Espanha, Angola, Moçambique e Cabo Verde, e cerca de três dezenas de lojas próprias em todos estes países, com a exceção do mercado espanhol, emprega duas centenas e meia de pessoas e fatura cerca de 40 milhões de euros.

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