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ASAE apreende quase 3 milhões de máscaras irregulares em armazém em Aveiro

A ASAE apreendeu 2.762.000 máscaras irregulares num armazém em Aveiro, num valor total aproximado de 100 mil euros. Esta apreensão mais do que duplica os 1,3 milhões de máscaras apreendidas pela entidade até novembro do ano passado.

10 de Fevereiro de 2021 às 18:53
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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu quase três milhões de máscaras de proteção contra a covid-19 com diversas irregularidades, avaliadas em cerca de 100 mil euros, num armazém em Aveiro, informou esta quarta-feira aquele organismo.


Em comunicado, a ASAE refere que as máscaras encontradas num armazém do distrito foram apreendidas durante uma ação de fiscalização para verificação do cumprimento das regras respeitantes à segurança geral de produtos utilizados para proteção da pandemia de covid-19, designadamente quanto a equipamentos de proteção individual (EPI’s) e a máscaras de uso comunitário ou sociais.

Segundo a ASAE, os inspetores detetaram 454.400 máscaras designadas "KN95", adquiridas a um operador económico sediado nos Países Baixos, sem quaisquer instruções ou informações de segurança em língua portuguesa, sem identificação do importador e sem declarações de conformidade válidas.


No mesmo armazém, foram ainda detetadas 2.284.000 máscaras de uso comunitário ou sociais, com a indicação de não serem destinadas a uso médico, mas com aparência de máscaras cirúrgicas, o que, segundo a ASAE, poderia induzir o consumidor em erro, não tendo sido apresentado qualquer documento válido que atestasse tratar-se de um produto seguro.


Estas máscaras, de acordo com a ASAE, "apresentavam, ainda, irregularidades ao nível da rotulagem, nomeadamente, a falta de tradução para língua portuguesa das instruções de utilização, a falta de identificação do importador e do responsável pela colocação no mercado".


Foram ainda detetadas 24.300 máscaras de uso comunitário ou sociais, com a indicação de não serem destinadas a uso médico, ostentando a marcação "CE", com aspeto idêntico ao das máscaras cirúrgicas, com marcação indevida.


"Apresentavam, ainda, irregularidades ao nível da rotulagem, designadamente a falta de tradução para língua portuguesa das instruções de utilização, a falta de identificação do importador e do responsável pela colocação no mercado, não tendo sido presente qualquer documento válido, no âmbito da segurança geral de produtos, que ateste que se trata de um produto seguro", refere a ASAE.


Como resultado global da operação, que contou com o apoio técnico pericial na análise dos produtos e da documentação de suporte dos mesmos, foram apreendidas 2.762.000 máscaras, num valor total aproximado de 100 mil euros, tendo sido instaurado o respetivo processo de contraordenação.


Em novembro de 2020, a ASAE revelou ter apreendido naquele ano, mais de 1,3 milhões de máscaras por incumprimento das regras.

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