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Subida do PIB per capita em 2016 sem reflexo no bem-estar das famílias

O INE e o Eurostat publicaram esta quinta-feira dados que medem a evolução do PIB por pessoa e o bem-estar das famílias. Esta informação é usada para identificar as regiões que podem beneficiar de fundos estruturais.

Bruno Simão/Negócios
14 de Dezembro de 2017 às 11:28
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O PIB per capita em Portugal melhorou entre 2015 e 2016, mas esta subida não teve reflexos no indicador que mede o bem-estar das famílias. Portugal a par de Espanha, Lituânia e Malta formam o grupo de países onde o indicador sobre o bem-estar das famílias está entre 10% e 20% abaixo da média da União Europeia. Estes dados foram publicados esta quinta-feira, 14 de Dezembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Eurostat.

O PIB per capita, medido em paridades de poder de compra, subiu de 76,8% para 77,3% entre 2015 e 2016, mostram os dados do INE. Esta percentagem é calculada em relação à média da União Europeia. "Entre os 19 estados que integram a Zona Euro, Portugal ocupava em 2016 a 14.ª posição abaixo do Chipre (82,6%) e à frente da Eslováquia, Lituânia, Estónia, Grécia e Letónia", acrescenta o instituto estatístico. 

Além do PIB per capita, o INE calcula outro indicador que considera mais próximo da realidade dos agregados familiares. A instituição liderada por Alda Carvalho explica que "enquanto o PIB per capita é, principalmente, um indicador de nível de actividade económica, a Despesa de Consumo Individual per capita é um indicador mais apropriado para reflectir o bem-estar das famílias". 

E neste caso, entre 2015 e 2016 não houve melhorias - ocorrendo até uma ligeira diminuição, com o indicador a passar de 81,8% para 81,7% da média da União Europeia, no mesmo período. 

A informação calculada em paridades de poder de compra permite comparar o nível de actividade e de consumo individual entre os vários estados da União Europeia, descontando assim o nível de vida de cada país. 

Por isso a informação publicada pelo INE e pelo Eurostat permite várias utilizações, explica o instituto estatístico português, entre elas a "identificação das regiões susceptíveis de beneficiarem dos fundos estruturais". 

Também hoje, o Eurostat publicou informação mais global sobre os vários estados sobre o indicador que mede o bem-estar das famílias, com base em informação mais actualizada das paridades de poderes de compra e os últimos dados sobre o PIB e a população. 

No conjunto dos 28 estados-membros que formam a União Europeia, 18 têm um nível de bem-estar abaixo da média. Um grupo onde se encontra Portugal que a par de Espanha, Lituânia e Malta constituem um sub-grupo de países onde o nível de bem-estar está entre 10% a 20% abaixo da média da UE. 

A Bulgária é o país onde a despesa de consumo individual per capita é mais baixa (53% da média da UE). O Luxemburgo continua a liderar a lista com um nível deste indicador igual a 132% da média da UE. 


(Notícia actualizada com mais informação)

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