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Setor público puxou pelo agravamento do endividamento da economia em novembro

Dados do Banco de Portugal (BdP) mostram que, em novembro, o setor público e as famílias viram níveis de endividamento aumentar. Empresas em contraciclo.

Famílias estão mais cautelosas nos gastos mesmo com uma trajetória de recuperação continuada dos rendimentos.
Miguel Baltazar
22 de Janeiro de 2025 às 11:59
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O endividamento da economia portuguesa aumentou mil milhões de euros em novembro, para 811,5 mil milhões de euros, com o setor público a agravar mais a sua posição do que o setor privado (famílias e empresas)
A conclusão é do Banco de Portugal (BdP), que nesta quarta-feira, 22 de janeiro, divulgou informação sobre o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares). 
De acordo com o banco central, o endividamento da economia aumentou mil milhões de euros, puxado sobretudo pelo setor público (mais 700 milhões). Este incremento verificou-se, sobretudo, junto das administrações públicas (mais 1,2 mil milhões de euros) e do exterior (mais 300  milhões de euros). "Pelo contrário, o endividamento do setor público junto do setor financeiro diminuiu 900 milhões de euros, devido, principalmente, ao desinvestimento em títulos de dívida pública pelos bancos", explica o BdP em comunicado.
Também o endividamento do setor privado aumentou. Foram mais 300 milhões de euros em novembro.
As famílias viram as suas dívidas aumentarem 600 milhões de euros, "essencialmente junto dos bancos", por via do crédito à habitação.
Pelo contrário, as empresas viram o seu endividamento diminuiu 300 milhões de euros, refletindo sobretudo uma redução perante o exterior (menos 700 milhões de euros), parcialmente compensada por um acréscimo junto do setor financeiro.
Assim, em novembro o endividamento da economia portuguesa totalizou 811,5 mil milhões de euros. Deste total, 453,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 358 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).
Relativamente às taxas de variação anual, em novembro de 2024, o endividamento das empresas privadas cresceu 0,6% relativamente ao mesmo mês de 2023, enquanto, em outubro, tinha aumentado 1,1%. 
Já o endividamento dos particulares cresceu 3,2%, valor superior ao verificado em outubro (2,8%), mantendo assim a tendência de crescimento observada nos últimos 13 meses.
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