Notícia
Salários crescem ao maior ritmo da última década. JPMorgan prevê subida de 3% em 2019
Os salários dos trabalhadores nas economias avançadas estão a crescer ao maior ritmo dos últimos dez anos. Mas vão crescer mais em 2019, antecipa o JP Morgan.
17 de Setembro de 2018 às 15:00
É um dos mistérios que marca a recuperação económica dos últimos anos: a taxa de desemprego afundou, mas os salários teimam em subir. Contudo, segundo o banco norte-americano JPMorgan Chase, as remunerações já estão a subir de forma significativa nas economias avançadas. Para o próximo ano devem subir 3%.
No segundo trimestre deste ano, os salários devem ter subido 2,5% nas economias avançadas, segundo a previsão do banco. A confirmar-se é a maior subida salarial desde 2009.
Esta subida é justificada pela queda acentuada da taxa de desemprego nos Estados Unidos, Zona Euro e Japão. Até ao momento, apesar dessa descida, os salários pareciam continuar estagnados.
No entanto, a JPMorgan Chase diz que "finalmente" as empresas estão a ser "forçadas" a aumentar os salários para reter ou atrair trabalhadores. Para o próximo ano, o banco estima que os salários acelerem para uma subida de 3%.
É expectável que, com mais dinheiro no bolso, o consumo privado aumente, o que poderá dar um novo impulso ao crescimento económico que já mostra sinais de desaceleração. "É um sinal de que estamos a normalizar os ciclos económicos", considera o economista-chefe da JPMorgan, Bruce Kasman.
Este é também um incentivo para os bancos centrais retirarem os estímulos que colocaram no terreno durante a crise. Caso os salários levem os preços a subir mais do que o esperado, a Reserva Federal ou o Banco Central Europeu poderão ter de normalizar a política monetária a um ritmo superior ao esperado.
De acordo com os dados da Bloomberg, entre as economias avançadas, os salários estão a subir a um ritmo mais elevado nos Estados Unidos. O rendimento por hora, em média, subiu 2,9% no ano terminado em Agosto, a maior subida desde 2009. "Nos EUA, os recentes ganhos parecem ser sustentáveis uma vez que a falta de força de trabalho foi reduzida a um nível crítico", explica Carl Riccadonna, economista da Bloomberg. Este ano o número de vagas já superou o volume de pessoas à procura de trabalho.
No caso da Zona Euro o aumento foi mais modesto. Os salários cresceram 2,2% no segundo trimestre, a maior subida desde 2012. "Para a Zona Euro, a falta de força de trabalho parece estar a traduzir-se em maiores ganhos nos salários e agora uma inflação subjacente mais firme", assinala Jamie Murray, economista da Bloomberg, que antecipa que a tendência continue. No caso de Portugal, em termos nominais (sem descontar o aumento dos preços), os custos com salários subiram 1,2%, segundo o Eurostat. É o quarto país da UE onde os salários menos sobem.
Uma das questões que se coloca é se a tendência de subida dos salários é sustentável. Sendo expectável que a inflação também suba, a JPMorgan prevê que a capacidade dos consumidores em gastar mais não será tão expressiva. Segundo o banco, os preços devem subir 1,9% no próximo ano, em parte por causa do aumento dos salários.
Há ainda um factor de geração. Os trabalhadores mais jovens e as mulheres, segundo um recente estudo do Bank of America, preferem negociar outros benefícios que não o salário, tal como flexibilidade no horário de trabalho, mais férias ou outras regalias.
No segundo trimestre deste ano, os salários devem ter subido 2,5% nas economias avançadas, segundo a previsão do banco. A confirmar-se é a maior subida salarial desde 2009.
No entanto, a JPMorgan Chase diz que "finalmente" as empresas estão a ser "forçadas" a aumentar os salários para reter ou atrair trabalhadores. Para o próximo ano, o banco estima que os salários acelerem para uma subida de 3%.
É expectável que, com mais dinheiro no bolso, o consumo privado aumente, o que poderá dar um novo impulso ao crescimento económico que já mostra sinais de desaceleração. "É um sinal de que estamos a normalizar os ciclos económicos", considera o economista-chefe da JPMorgan, Bruce Kasman.
Este é também um incentivo para os bancos centrais retirarem os estímulos que colocaram no terreno durante a crise. Caso os salários levem os preços a subir mais do que o esperado, a Reserva Federal ou o Banco Central Europeu poderão ter de normalizar a política monetária a um ritmo superior ao esperado.
De acordo com os dados da Bloomberg, entre as economias avançadas, os salários estão a subir a um ritmo mais elevado nos Estados Unidos. O rendimento por hora, em média, subiu 2,9% no ano terminado em Agosto, a maior subida desde 2009. "Nos EUA, os recentes ganhos parecem ser sustentáveis uma vez que a falta de força de trabalho foi reduzida a um nível crítico", explica Carl Riccadonna, economista da Bloomberg. Este ano o número de vagas já superou o volume de pessoas à procura de trabalho.
No caso da Zona Euro o aumento foi mais modesto. Os salários cresceram 2,2% no segundo trimestre, a maior subida desde 2012. "Para a Zona Euro, a falta de força de trabalho parece estar a traduzir-se em maiores ganhos nos salários e agora uma inflação subjacente mais firme", assinala Jamie Murray, economista da Bloomberg, que antecipa que a tendência continue. No caso de Portugal, em termos nominais (sem descontar o aumento dos preços), os custos com salários subiram 1,2%, segundo o Eurostat. É o quarto país da UE onde os salários menos sobem.
Uma das questões que se coloca é se a tendência de subida dos salários é sustentável. Sendo expectável que a inflação também suba, a JPMorgan prevê que a capacidade dos consumidores em gastar mais não será tão expressiva. Segundo o banco, os preços devem subir 1,9% no próximo ano, em parte por causa do aumento dos salários.
Há ainda um factor de geração. Os trabalhadores mais jovens e as mulheres, segundo um recente estudo do Bank of America, preferem negociar outros benefícios que não o salário, tal como flexibilidade no horário de trabalho, mais férias ou outras regalias.