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Portugal tem a sétima inflação mais elevada da Zona Euro (correcção)

O Eurostat confirmou a subida da inflação na Zona Euro para 1,9% em Abril, tal como tinha indicado na primeira estimativa. Portugal tem a sétima taxa mais elevada.

17 de Maio de 2017 às 10:14
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O índice de preços no consumidor subiu a um ritmo anual de 1,9% em Abril, anunciou esta quarta-feira, 17 de Maio, o Eurostat, confirmando o valor revelado quando divulgou a primeira estimativa. Em Março a inflação situou-se nos 1,5% e em Abril do ano passado estava em valores negativos (-0,2%).

O crescimento dos preços volta assim a situar-se em linha com o objectivo do Banco Central Europeu, que tem como meta uma taxa de inflação próxima mas abaixo de 2%.


Apesar deste valor, o Banco Central Europeu diz que não há pressões inflacionistas na região, já que este valor resulta sobretudo da alta dos preços dos combustíveis. Excluindo energia, alimentação, álcool e tabaco os preços cresceram a um ritmo anual de 1,2%, ainda assim bem acima dos 0,7% registados em Março.

Em Portugal também se registou uma aceleração significativa nos preços ao consumidor, com a taxa de inflação a subir para 2,4% em Abril, o que representa o nível mais elevado em quatro anos.

Considerando todos os países da Zona Euro, Portugal registou em Abril a sétima taxa de inflação mais elevada da região e cinco décimas acima da média. Tendo em conta toda a União Europeia, a taxa em Portugal é a oitava mais elevada.

A inflação em Portugal subiu para 2,4% em Abril, o que representa um aumento de um ponto percentual face a Março e de quase dois pontos contra Abril do ano passado (0,5%). Estas são as taxas harmonizadas, sendo que as reportas pelo INE são inferiores (2% em Abril).

Estónia (3,6%), Lituânia (3,5%), Letónia (3,3%), Bélgica (2,7%), Luxemburgo (2,6%) e Espanha (2,6%) são os países que apresentam a taxa de inflação acima do verificado em Portugal. Roménia (0,6%), Irlanda (0,7%) e Eslováquia (0,8%) têm as taxas mais baixas.

Esta subida dos preços na Zona Euro afasta os receios de deflação, que se verificaram no ano passado, mas também não representam para já uma pressão para o BCE efectuar uma retirada rápida dos estímulos monetários.

Ainda na semana passada a Comissão Europeia perspectivou que a taxa de inflação deverá passar de 0,2%, em 2016, para 1,6% este ano, o que corresponde a uma aceleração dos preços no consumidor, mas inferior à prevista em Fevereiro (1,7%). Para 2018 a estimativa aponta para uma taxa de inflação de 1,3%.

(Notícia actualizada e corrigida às 10:25. A taxa de inflação é a sétima mais elevada e não a sexta)
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