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Inflação em máximos de mais de quatro anos
A inflação subiu para valores próximos mas abaixo dos 2%, em Abril, mês marcado pela Páscoa. Excluindo as componentes mais voláteis, os preços ficaram em máximos de cinco anos.
Os preços no consumidor aumentaram 1,98% no mês de Abril em relação ao mesmo mês do ano anterior, uma subida em relação aos 1,37% registados um mês antes, anunciou esta quinta-feira, 11 de Maio, o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Esta é a variação homóloga mais elevada desde Dezembro de 2012 (quase quatro anos e meio), mês em que os preços tinham registado um avanço anual de 1,92%.
"Para este resultado contribuem os aumentos de preços das viagens e estadias em hotéis, em consequência do feriado móvel da Páscoa, e cujo impacto tenderá a dissipar-se. Relembre-se que, em 2017, a Páscoa ocorreu em Abril, enquanto em 2016 ocorreu em Março," justifica o INE.
Já o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) subiu 2,4%, um reforço de 1 ponto percentual face à variação homóloga de Março. O instituto nota que o valor é 0,5 pontos percentuais superior ao estimado pelo Eurostat para a Zona Euro.
Excluindo os produtos alimentares não-transformados e a energia (inflação subjacente), a variação homóloga subiu 1,1 pontos percentuais face a Março, para os 1,7%, o valor mais elevado em cinco anos (Abril de 2012).
A evolução homóloga dos preços destas duas componentes abrandou de Março para Abril: o índice dos produtos energéticos avançou 3,5% (contra 4,7% em Março) e os alimentares não transformados subiram 2,8% (contra 4,2% um mês antes).
Os 1,98% de variação homóloga registados em Abril estão em linha com a meta do mandato de estabilidade de preços do Banco Central Europeu para a Zona Euro, que estabelece um objectivo próximo mas abaixo dos 2% - e para o qual concorrem os estímulos actualmente em curso por parte daquela autoridade, como a redução das taxas de juro e o programa de compra de activos.
Os dados do Eurostat para a Zona Euro, conhecidos a 28 de Abril, já sinalizavam uma retoma dos preços, com uma subida para 1,9%.
(Notícia actualizada às 11:35 com mais informação)