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Miranda Sarmento volta a apontar para crescimento até 2,5% mesmo com crise

O ministro das Finanças acredita que a economia portuguesa ficará imune à atual crise política, mas tudo vai depender do que acontecer lá fora. Crescimento robusto do final de 2024 melhora perspetivas para este ano.

Tiago Petinga/Lusa
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Mesmo com a crise política, o ministro das Finanças está confiante num bom desempenho da economia portuguesa e reafirma a expectativa de um crescimento que pode chegar aos 2,5% este ano, acima das previsões inscritas no Orçamento do Estado. 

"Mesmo dada a incerteza que se gerou com esta crise política e a enorme incerteza e riscos que existem do ponto de vista internacional, eu estou convencido que, se nada de extraordinário acontecer na economia europeia e na economia mundial, a economia portuguesa tem, neste momento, perspetivas de crescer francamente acima de 2%, e até próximo de 2,5%", afirmou Joaquim Miranda Sarmento no Fórum da Banca, organizado pelo Jornal Económico.

No Orçamento do Estado para este ano, o Governo inscreveu uma expansão da atividade de 2,1% em termos reais face a 2024. No entanto, lembrou também o ministro das Finanças, o "quarto trimestre foi francamente positivo", com um crescimento em cadeia de 1,5%, tendo um efeito "carry-over", ou seja, de arrastamento, de 1,4% para este ano. Isto significa, recordou o titular das Finanças, que "mesmo que os quatro trimestres de 2025 estagnassem, a economia portuguesa ainda assim cresceria 1,4%".

As declarações do ministro das Finanças surgem poucas horas depois da rejeição da moção de confiança apresentada pelo Governo que precipitou eleições antecipadas. O Presidente da República ouve esta quarta-feira os partidos com assento parlamentar e convocou o Conselho de Estado para quinta-feira.

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