O Presidente da República defendeu esta terça-feira, 2 de Maio, que os dados divulgados pelo Eurostat para o desemprego "fazem esperar resultados melhores em matéria de crescimento e emprego do que aqueles que tinham sido previstos por todos". Marcelo considera que Executivo de Costa parece confirmar e melhorar crescimento económico conseguido por Passos no último ano de Governo.  

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas, no Porto, à margem de uma visita ao Hospital das Forças Armadas.

A taxa de desemprego em Portugal recuou 2,2 pontos percentuais entre Março de 2016 e Março deste ano, para 9,8%, o que representa a queda mais forte entre todos os países da Zona Euro. No conjunto de países da União Europeia, só a Croácia ultrapassou Portugal.

"É uma grande alegria, mais uma sobretudo por via do Eurostat", disse o chefe de Estado que destacou o rigor desta instituição."Parece confirmar-se o crescimento económico e por isso o emprego", o que "faz esperar resultados melhores em matéria de crescimento e do emprego do que aqueles que tinham sido previstos por todos", ou seja, Governo, instituições europeias e OCDE, nomeou o Presidente.

Questionado sobre se estes dados são resultado do trabalho deste Governo ou também do anterior, Marcelo lembrou que a crise foi "um processo muito difícil". "O crescimento económico que houve no final do Governo anterior foi limitado, mas houve um ano de crescimento económico", afirmou, salientando que a dúvida era saber se o actual Governo confirmava e melhorava esses dados. "Parece confirmar-se e parece melhorar. Tudo boas notícias."

Depois de em 2012 e 2013 o PIB ter recuado 4% e 1,1%, respectivamente, a economia subiu 0,9% em 2014 e 1,6% em 2015, ano em que o Governo mudou. Em 2016, o PIB cresceu 1,4%. Para este ano, o Governo espera uma taxa de crescimento do PIB igual a 1,8%.  

O Presidente da República foi ainda questionado sobre a notícia avançada esta terça-feira pelo Diário de Notícias, que dá conta que os gestores do PSI 20 ganham até cem vezes mais do que os trabalhadores. Marcelo Rebelo de Sousa pediu cuidado ao analisar estes dados, lembrando que aquela disparidade salarial é uma "tendência internacional que se verifica nas multinacionais".

No entanto, o Presidente considerou que o tema merece discussão. "Tem de se encontrar uma forma de debater seriamente o problema não afectando as pequenas e médias empresas (PME)", que são 90% e 95% do tecido empresarial, disse o chefe de Estado.