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Greve adia inquirição de Pedro Passos Coelho no caso BES

Antigo primeiro-ministro era chefe de Governo à data da resolução do BES.

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Pedro Passos Coelho, ex primeiro-ministro, ia ser ouvido na manhã desta quarta-feira no caso BES, mas a sessão foi adiada devido à greve dos funcionários judiciais.

Passos Coelho chegou minutos antes da hora marcada e garantiu à porta que estava disponível para depor.“Não me livro disto”, desabafou à saída do tribunal, numa altura em que ainda não há nova data para ser ouvido. O processo conta atualmente com 18 arguidos, entre eles Ricardo Salgado que responde por cerca de 60 crimes.

Passos Coelho iria ser inquirido como testemunha. O depoimento tinha sido anteriormente agendado para 30 de outubro e, nessa altura, remarcado antes do antigo primeiro-ministro se deslocar ao Campus de Justiça de Lisboa.

Hoje, Pedro Passos Coelho considerou, à entrada do tribunal, que em causa está uma matéria "mais do que requentada", acrescentando que toda a sua intervenção enquanto primeiro-ministro está "razoavelmente esclarecida".

O processo conta com 18 arguidos, incluindo o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, de 80 anos e diagnosticado com Alzheimer.

O antigo banqueiro está acusado de cerca de 60 crimes, incluindo um de associação criminosa e vários de corrupção ativa no setor privado e de burla qualificada.

Os restantes 17 arguidos são todos ex-quadros do BES e de outras entidades da esfera do GES.

O Ministério Público defende que os atos alegadamente praticados pelos 18 arguidos entre 2009 e 2014 causaram prejuízos de 11,8 mil milhões de euros ao BES e ao GES.

A greve que hoje ditou o adiamento do depoimento de Pedro Passos Coelho foi convocada em junho de 2024 pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça por tempo indeterminado e decorre às quartas-feiras de manhã entre as 09:30 e 12:30.

Para já, não há nova data para o antigo primeiro-ministro ser inquirido.

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