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Itália deverá crescer menos do que o previsto pelo Governo
A estimativa de Primavera da Comissão Europeia e a previsão do Instituto Nacional de Estatística de Itália avançam com uma taxa de crescimento do PIB italiano de 0,6% em 2014. O Governo reviu recentemente, em baixa, a previsão para uma taxa de 0,8%.
Parecem continuar as dificuldades para a economia italiana, que vive um período de estagnação económica com uma duração superior a dez anos. Apesar de o Executivo do primeiro-ministro Matteo Renzi ter revisto em baixa o crescimento do produto interno bruto (PIB) para 0,8%, em 2014, ambas as previsões, divulgadas esta segunda-feira, pela Comissão Europeia, na sua estimativa de Primavera, e pelo Instituto Nacional de Estatística de Itália avançam com uma taxa de expansão do produto de apenas 0,6% para este ano.
Situação semelhante relativamente à previsão para 2015. Apesar de a equipa de Renzi ter avançado com uma estimativa de crescimento do PIB de 1,3% no próximo ano, a Comissão prevê uma taxa de 1,2% enquanto o instituto nacional de estatística italiano avança com uma taxa de somente 1%.
Itália deverá, em qualquer dos cenários, crescer abaixo da média dos países da Zona Euro que, segundo a Comissão, deverá avançar 1,2% em 2014 e 1,7% em 2015. Matteo Renzi quando apresentou a revisão em baixa do crescimento para 0,8% em 2014 disse "esperar ser desmentido" quanto à confirmação deste valor, mas tudo indica que venha a ser contrariado por uma taxa ainda mais baixa do que a perspectivada há cerca de um mês.
Renzi definiu o crescimento e a criação de emprego como principais objectivos do seu Governo, mas a concretização, a curto prazo, não parece afigurar-se como fácil. O desemprego em Itália continua a crescer e em Abril, de acordo com o Eurostat, situava-se numa taxa de 13% - a mais alta desde 1977. O problema é ainda mais preocupante no desemprego jovem que chega já aos 42,3% das pessoas com idades compreendidas entre 15 e 24 anos.