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ISEG: PIB terá crescido 2,8% com consumo a compensar exportações

O crescimento será o mesmo do primeiro trimestre, mas com uma alteração, já que se prevê que a procura externa líquida dê um contributo negativo.

Reuters
24 de Julho de 2017 às 11:27
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A economia portuguesa continua a dar sinais positivos, levando o ISEG a estimar que o ritmo de crescimento do PIB se vai manter no nível mais elevado em 10 anos.

 

Na síntese de conjuntura de Julho, publicada esta segunda-feira, o ISEG espera que "o crescimento do PIB tenha sido de 2,8% em termos homólogos (igual ao do 1º trimestre) e de 0,3% em relação ao trimestre anterior".

   

O INE revelou em Maio que o produto interno bruto (PIB) português cresceu 2,8% no primeiro trimestre de 2017, comparativamente com igual período do ano passado, o que representa a melhor variação homóloga em praticamente 10 anos. Os valores do segundo trimestre vão ser conhecidos em meados de Agosto.

 

O ISEG assinala que o seu indicador de tendência da actividade global (IZ, ver gráfico em baixo), uma média ponderada da informação vista nos pontos anteriores, "apresenta valores semelhantes em Abril e Maio, ligeiramente abaixo do pico de Março, mas acima da média do primeiro trimestre".

 

Apesar de antever a manutenção do crescimento homólogo do PIB em 2,8%, o ISEG assinala uma alteração na sua composição. A procura interna terá acelerado, enquanto o contributo da procura externa terá sido negativo.  

 

"Os principais indicadores – volume de negócios no comércio a retalho e dos serviços e aquisição de automóveis de passageiros - sugerem que o Consumo Privado tenha crescido, em termos homólogos, bastante mais do que no primeiro trimestre, em que o crescimento homólogo recuou em relação ao registado no quarto trimestre de 2016", refere o ISEG, antecipando que o crescimento da FBCF (investimento) "se tenha mantido ao nível do trimestre anterior".

 

O ISEG antecipa assim que "o crescimento homólogo da Procura Interna tenha excedido significativamente o do trimestre anterior", antevendo que, em sentido inverso, a Procura Externa Líquida (PEL) tenha dado um contributo negativo.

 

A informação relativa à evolução da Procura Externa Líquida em Abril e Maio é "bastante menos favorável do que no primeiro trimestre", sendo que "nestes dois meses, as exportações de bens e serviços cresceram bastante menos do que as importações e não parece provável que esta diferença possa ter sido totalmente revertida em Junho. Assim ao contrário do primeiro trimestre em que o contributo da PEL para o crescimento do PIB foi positivo, no segundo trimestre este deverá ter sido negativo".

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