Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Inflação regressa a terreno positivo em Março

A taxa de inflação homóloga em Março voltou a terreno positivo: 0,3%, uma subida de 0,5 pontos face a Fevereiro. A inflação excluída a energia os bens alimentares também acelerou.

13 de Abril de 2015 às 11:49
  • ...

A taxa de inflação acelerou em Março, regressando a terreno positivo. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) os preços suportados pelos consumidores aumentaram 0,3% em termos homólogos, o que compara com quedas consecutivas nos três meses anteriores. A inflação média dos últimos doze meses continua negativa em 0,3%, avançou ainda o instituto na segunda-feira, dia 13 de Abril.

 

"A inversão de sinal da taxa de variação homóloga do IPC em Março, comparativamente com Fevereiro, foi determinada em grande parte pelo índice da classe dos Transportes, que passou de uma taxa de variação de -2,8% em Fevereiro para -0,3% em Março de 2015", explica o INE, que considera que "é também de destacar o aumento da taxa de variação homóloga da classe das Comunicações", cuja taxa de inflação homóloga subiu de 2,8% para 3,63%.

 

Entre as classes de bens com aumentos de preços face ao mesmo mês de 2013, o instituto liderado por Alda Carvalho (na foto) destaca além das comunicações, os restaurantes e hotéis cujos preços subiram 2% em termos homólogos, o que compara com 1,8% em Fevereiro. Já entre as variações negativas, o instituto realça o recuo de 2% no vestuário (-1,8% em Fevereiro).

 

Alimentos mais caros

 

Quando excluídos os produtos energéticos e alimentares, o INE dá conta de um aumento médio de preços em Portugal de 0,6% em termos homólogos, uma aceleração face aos 0,3% de Fevereiro, uma subida de 0,3 pontos (inferior à registada na inflação global). A chamada inflação subjacente exclui estas duas categorias de bens por terem frequentemente evoluções mais voláteis, procurando assim captar as tendências mais estáveis na evolução de preços.

 

Segundo o INE, em Março registou-se um queda menos acentuada dos preços dos bens energéticos e um regresso a subidas de preços nos bens alimentares, o que explica que o aumento da inflação sem estas classes seja menor.

 

"O agregado relativo aos produtos energéticos registou uma taxa de variação menos negativa em Março, que se situou em -3,5% (-5,6% em Fevereiro)", lê-se na nota enviada à imprensa, na qual os técnicos do instituto acrescentam que "o índice relativo aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação homóloga de 0,5% em Março (-0,1% no mês anterior)".

 

Fim de saldos dita aumento de 27% no vestuário face a Fevereiro

 

O INE estima ainda que os preços médios suportados pelos consumidores no mês de Março tenham sido subido 1,9% face a Fevereiro, com o destaque a centrar-se no vestuário e calçado devido ao fim da época de saldos.

 

"A classe com maior contributo positivo para a taxa de variação mensal do índice total foi a do vestuário e calçado com uma variação mensal de 27,3%, como consequência do final do período de saldos habitualmente verificado nesta época do ano", diz o INE, que considera que "é de destacar também a classe dos Transportes, com uma variação mensal de 2,4%".

 

"Em Março não se verificou nenhum contributo negativo significante para a taxa de variação mensal do índice total", continuam ainda os técnicos, que estimam que "a classe das bebidas alcoólicas e tabaco foi a que registou a taxa de variação mensal mais negativa, situando-se em -0,2%".





Ver comentários
Saber mais Inflação IPC março saldos vestuário energia
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio