Os dados publicados esta manhã pelo Eurostat mostram que a inflação mantém-se à tona da água, mas perdeu força pela primeira vez desde Janeiro. Em Junho, o Índice de Preços no Consumidor registou um crescimento homólogo de 0,2%, depois de ter avançado 0,3% em Maio.

"Olhando para os principais componentes da inflação da Zona Euro, alimentação, álcool e tabaco deverão ter tido o crescimento mais elevado (1,2%, estável em comparação com Maio), seguido pelos Serviços (1%, comparado com 1,3% em Maio), bens industriais não energéticos (0,4%, comparado com 0,2% em Maio) e energia (-5,1%, comparado com -4,8% em Maio)", pode ler-se no relatório do Eurostat. 

Desde Janeiro, quando a inflação bateu nos -0,6%, os preços iniciaram um processo de recuperação, apenas interrompido em Junho. Para além de uma aceleração significativa dos bens alimentares não processados (-0,8% em Janeiro vs. 1,9% em Junho), observou-se também um desagravamento da quebra do preço dos bens energéticos (-9,3% vs. -5,1%).

O andamento muito lento da inflação levou mesmo o Banco Central Europeu (BCE) a colocar o pé no acelerar das medidas de política monetária não convencionais, o que terá ajudado os preços a saírem do vermelho.

(Notícia actualizada às 10h32)