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Inflação recupera para 0,9% em fevereiro à boleia do preço dos transportes

O INE confirmou uma ligeira aceleração no ritmo de subida dos preços, para 0,9% em fevereiro, depois de quatro meses a crescer cada vez mais devagar.

Miguel Baltazar/Negócios
12 de Março de 2019 às 11:30
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta terça-feira, 12 de março, a recuperação da taxa de inflação para 0,9% em fevereiro, depois de quatro meses consecutivos de quedas. A classe dos transportes foi a que deu o maior empurrão aos preços, com a taxa de inflação a acelerar para 2,2%.


Descontando a variação dos preços dos bens alimentares não transformados e dos produtos energéticos – ambos mais suscetíveis a choques temporários – a inflação subjacente foi de 1%, mais duas décimas do que o que tinha sido registado em janeiro, confirmou também o INE. Os valores dizem respeito a variações homólogas.

A justificar a subida está sobretudo a categoria dos transportes, cujo ritmo de subida dos preços mais do que duplicou. Os bens alimentares e as bebidas não alcoólicas também ajudaram, tendo registado uma inflação de 1,3% em fevereiro, quando em janeiro tinha sido de apenas 0,2%.

Pelo contrário, o vestuário e calçado travou a subida dos preços, com quedas mais acentuadas dos preços do que o registado em janeiro. Também as classes de saúde, restaurante e hotéis, embora tenham registado aumentos de preços, tiveram crescimentos mais lentos do que o que tinha sido verificado no primeiro mês do ano.

Subida dos preços continua mais lenta em Portugal

Comparando com o ritmo da subida de preços registada na zona euro, Portugal deverá continuar a revelar em fevereiro uma evolução mais lenta do que os parceiros da moeda única. Segundo o INE, o índice harmonizado de preços ao consumidor (IHPC) registou uma variação de 0,9%, devendo manter-se seis décimas abaixo do estimado para a zona euro, tal como verificado em janeiro.

Tanto em Portugal, como na média do euro, os preços têm-se mantido com um crescimento mais lento do que o referencial desejado pelo Banco Central Europeu, que aponta para um valor abaixo, mas próximo de 2%.

Rendas de habitação crescem a ritmo estável

As rendas de habitação aumentaram em fevereiro 2,9%, o mesmo ritmo que tinha sido registado em janeiro. Lisboa destacou-se com o aumento mais elevado (3,7%), mas todas as regiões evidenciaram aumentos de preços.

Também a subida mensal do valor médio das rendas de habitação por metro quadrado se manteve inalterada em 0,3%, tendo sido Lisboa a registar o aumento mais relevante, de 0,4%.
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