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Indicador do Banco de Portugal para a economia sobe para máximos de abril de 2018

A atividade económica está em máximos de abril de 2018, ou seja, da altura que antecedeu a desaceleração da economia europeia do segundo semestre do ano passado.

Reuters
18 de Abril de 2019 às 13:46
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O indicador do Banco de Portugal que mede o estado corrente da atividade económica no país aumentou em março para 2,3%, a variação homóloga mais elevada desde abril de 2018, segundo a informação divulgada esta quinta-feira, 18 de abril.

Este é o terceiro mês consecutivo em que o indicador da atividade económica sobe, o que sugere que o primeiro trimestre pode revelar uma aceleração face ao quarto trimestre de 2018. Ganha assim força a ideia de que Portugal poderá ser a exceção na Zona Euro no arranque de 2019.

Ainda hoje os dados da estimativa preliminar do PMI para abril mostram que a economia europeia continuou a desacelerar no início do segundo trimestre deste ano. Inicialmente, a travagem esteve muito centrada na indústria, mas neste momento os serviços também já mostram sinais de desaceleração, segundo a IHS Markit.

Para Portugal, um indicador menos positivo dos dados do banco central é o do consumo privado que voltou a travar, o que já acontece há vários meses. Tendo em conta que o consumo privado corresponde a cerca de dois terços do PIB, esta tendência pode ser preocupante se se mantiver. 

Além disso, é preciso ter em conta que ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que o seu indicador para a atividade económica travou em fevereiro (ainda não está disponível o de março), depois de ter subido em dezembro e janeiro. Ainda assim, os dois primeiros meses do ano ficam acima dos valores registados no segundo semestre de 2018. 

Este indicador do banco central permite, através da agregação de vários indicadores de conjuntura, medir de forma rápida o estado corrente da atividade económica no país. Contudo, este indicador não se destina a refletir em cada momento a evolução do PIB da mesma forma como o INE divulga a cada trimestre. 

Há quem acredite que Portugal possa ser a exceção no primeiro trimestre. Tanto o Montepio como o ISEG afirmaram recentemente que os indicadores que existiam até então mostravam um "forte impulso ascendente" e "indicadores económicos com leituras tendencialmente positivas" para a economia portuguesa. Na semana passada, a Católica fez a mesma previsão. Daqui a cerca de um mês o gabinete de estatísticas divulgará o PIB do primeiro trimestre.

Em 2018, a economia cresceu 2,1%, desacelerando face aos 2,8% de 2017. Para 2019 a maior parte das instituições que fazem previsões projeta uma nova desaceleração. O Conselho das Finanças Públicas (CFP) é dos mais pessimistas ao esperar um crescimento de 1,6%. Já o Governo reviu em baixa o crescimento económica no Programa de Estabilidade 2019-2023 para 1,9%.
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