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Imóveis comerciais não acompanham forte subida dos preços das casas
O INE lançou um novo indicador, para medir a evolução dos preços das propriedades comerciais. O primeiro relatório mostra que as subidas dos preços foram, no ano passado, bem inferiores aos registados nas habitações.
O preço dos imóveis comerciais aumentou 2% em média, no ano passado, uma progressão bem inferior à registada nos preços das habitações, que cresceram mais de 7% em 2016.
Os dados constam de um novo indicador calculado pelo Instituto Nacional de Estatística, que publicou pela primeira vez o Índice de Preços das Propriedades Comerciais (IPPCom).
De acordo com o instituto, o IPPCom será divulgado anualmente e insere-se no "quadro conceptual e metodológico já utilizado para a produção do Índice de Preços da Habitação (IPHab)".
Em 2016 este índice registou o terceiro ano consecutivo de aumentos, embora o crescimento tenha abrandado (+3,5% em 2015) e, ao contrário do habitual, registado uma evolução bem diferente do verificado nas habitações.
"Comparativamente com a evolução dos preços das habitações dada pelo IPHab, o aumento dos preços de transacções de propriedades comerciais em 2016 foi inferior em 5,1 pontos percentuais, tendo sido o ano da série disponível em que a diferença entre as taxas de variação dos preços dos dois tipos de imóveis foi maior", refere o INE.
O INE apresenta a evolução deste indicador desde 2010, destacando que, desde então, apresenta duas fases distintas. "A primeira, compreendida entre 2010 e 2012, caracterizou-se pela descida continuada dos preços das propriedades comerciais e residenciais. A segunda fase, que se iniciou em 2013, caracterizou-se por uma nítida recuperação dos preços que, tal como pode ser observado no gráfico (ver em baixo), foi mais acentuada para o mercado residencial do que para os imóveis comerciais", explica o instituto.
As propriedades comerciais atingiram a maior descida de preços em 2012. No entanto, o preço das propriedades comerciais desceu mais neste ano do que nos imóveis residenciais (-8,6% e -7,1%, respectivamente).