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Férias na indústria automóvel trocam as voltas na produção industrial

A produção industrial abrandou significativamente em Setembro. No mesmo mês, as vendas no comércio a retalho aceleraram.

Paulo Duarte
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A produção industrial subiu 2,8% em Setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, o que se traduziu num abrandamento significativo face à taxa de variação homóloga registada no mês anterior. A contribuir para esta travagem estão as alterações nos períodos habituais de férias na indústria automóvel, explica o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados publicados esta segunda-feira pelo INE mostram uma desaceleração "significativa" na evolução da taxa de variação homóloga, acompanhada de uma deterioração da taxa de variação mensal. Em Agosto, esta taxa tinha sido de 4,1%, passando para -6,1% em Setembro.

Para justificar a tendência traçada pela taxa de variação homóloga, o INE adianta que "o agrupamento de bens de investimento apresentou um contributo de 0,6 pontos percentuais, originado por uma taxa de variação de 4,4%. No mês anterior, a forte variação homóloga observada (21,4%) traduziu sobretudo um comportamento atípico na indústria automóvel, em parte associado a alterações nos períodos habituais de férias".

Apesar da tendência negativa, a taxa de variação nos últimos 12 meses, a medida mais alisada para perceber a evolução deste indicador, aponta para uma aceleração ainda que tímida. Esta taxa subiu de 3,5% para 3,6%, entre Agosto e Setembro.


Todas as taxas de variação aqui observadas estão corrigidas de efeitos de calendário (feriados, por exemplo) e de sazonalidade (ou seja, descontam as diferenças de produção que ocorrem ao longo do ano).

 

Comércio a retalho a recuperar 

Se na indústria Setembro foi um mês mais fraco, no comércio a retalho, o indicador de vendas – que mede a evolução do volume de negócios – aponta para uma aceleração.

As vendas subiram 0,8% entre Agosto e Setembro (depois de um recuo entre Julho e Agosto), o que permitiu uma melhoria na taxa de variação homóloga, que passou de 3,5% para 4,1%. A taxa de variação acumulada nos últimos 12 meses subiu de 3,7% para 3,8%.

Em causa estão taxas de variação do volume de negócios deflacionados (ou seja, descontada a inflação), e ajustados de efeitos de calendário e de sazonalidade.

Apesar da recuperação na taxa homóloga e na taxa nos últimos 12 meses, os dados entre Julho e Setembro, mostram uma perda no trimestre. O INE explica na sua nota que, "no terceiro trimestre de 2017, as vendas no comércio a retalho registaram uma variação homóloga de 3,9% (5% no trimestre anterior)".

O emprego, as remunerações e o número de horas trabalhadas apontam para uma recuperação entre Agosto e Setembro, quando se observam as taxas de variação homólogas. 

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