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Economias da Alemanha e França recuam mais do que o esperado

A quebra das exportações foi a principal responsável pelo desempenho negativo da economia alemã. A França também viu o PIB descer mais do que o esperado no quarto trimestre de 2012.

Angela Merkel, chanceler da Alemanha
14 de Fevereiro de 2013 às 07:56
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As duas maiores economias da Zona Euro contraíram, no quarto trimestre, mais do que o antecipado pelos economistas. Num ambiente de recessão na região, a quebra das exportações foi a principal responsável pelo desempenho da economia germânica

 

O produto interno bruto (PIB) alemão deslizou 0,6% nos últimos três meses do ano em relação ao trimestre anterior, período em que a economia germânica registou um avanço de 0,2%, de acordo com o serviço de estatísticas oficial da Alemanha.  


“A economia alemã cresceu nos primeiros três trimestres de 2012 (0,5%, 0,3% e 0,2%, respectivamente), mas perdeu fulgor ao longo do processo”, declara, no comunicado de imprensa, o gabinete de estatísticas.

 

A quebra de 0,6% do PIB alemão é superior à contracção de 0,5% prevista pelas estimativas dos economistas compiladas pela agência Bloomberg. Na comparação com o período homólogo, o PIB alemão cresceu 0,1%.

 

A economia alemã caiu mais do que o esperado no quarto trimestre devido à descida das exportações de bens, que caíram mais do que as importações. Com a Zona Euro em crise, as compras dos países a outras nações diminui, já que, num momento de austeridade orçamental, a ordem é para reduzir a balança comercial. A contrabalançar estiveram o consumo das famílias e as despesas públicas, com uma subida ligeira.

 

“A quebra no quarto trimestre deve-se, sobretudo, à enorme incerteza causada pela crise de dívida e, mesmo assim, um resultado mais negativo do que o esperado não é dramático. Esta incerteza está a desaparecer da mente dos gestores mais rápido do que o previsto. O primeiro trimestre pode ser uma surpresa negativa”, comentou o economista do banco alemão Commerzbank Ulrike Rondorf, em declarações à agência Bloomberg.

 

No ano, o crescimento do PIB germânico foi de 0,7%, 0,9% ajustado de efeitos de calendário, o que, de acordo com o serviço de estatísticas, está em linha com o primeiro cálculo de Janeiro. A expansão de 0,7% é inferior à esperada pelos economistas.

 

Já a França também registou uma descida do PIB, na ordem dos 0,3% no quarto trimestre face ao trimestre anterior, de acordo com o gabinete de estatísticas de Paris Insee.

 

A estimativa dos economistas consultados pela Bloomberg apontava para um recuo da economia gaulesa de 0,2%. No terceiro trimestre, o PIB tinha avançado 0,1%.

 

Ao longo do ano, a economia permaneceu inalterada, depois de expandir-se a um ritmo de 1,7% em 2011.

 

As exportações apresentaram uma quebra de 0,6% no quarto trimestre, ainda que inferior à descida de 0,8% das importações. O investimento desceu 1%, ao passo que as despesas estatais e o consumo das famílias subiram 0,4% e 0,2%, respectivamente.


Os números relativos a 2012 são apresentados numa altura de melhoria da confiança dos investidores no desempenho da Zona Euro mas vêm adensar os receios de que a recuperação da região possa ainda ser difícil, algo para o qual várias entidades, como o Fundo Monetário Internacional, têm alertado. O FMI, por exemplo, reviu em baixa as previsões de crescimento para as economias da Zona Euro no início do ano.

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