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Economia portuguesa terá crescido 0,5% no terceiro trimestre

Estimativa da Universidade Católica aponta para uma variação positiva do PIB no terceiro trimestre, face aos três meses anteriores, e uma contracção homóloga menos acentuada. Já a taxa de desemprego terá sofrido um agravamento.

Bloomberg
16 de Outubro de 2013 às 14:42
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A economia portuguesa terá registado um crescimento de 0,5% no terceiro trimestre deste ano, face aos três meses anteriores, de acordo com as estimativas do Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica, divulgadas esta quarta-feira.

 

A confirmarem-se estas estimativas, o PIB português registará o segundo trimestre consecutivo de crescimento, depois de uma sequência de 10 trimestres consecutivos em quebra.

 

O crescimento estimado de 0,5% representa um abrandamento face à variação positiva de 1,1% verificada no segundo trimestre, mas em termos homólogos a evolução traduz uma melhoria. O NECEP estima uma contracção homóloga do PIB de 0,8%, quando no segundo trimestre recuou 2,1%.

 

Apesar desta melhoria, o NECEP nota que o nível da actividade económica ficará agora 6,2% abaixo do observado no terceiro trimestre de 2010.

 

A Católica vem juntar-se a outras entidades, como o BBVA e o Credit Suisse, que estimam a manutenção do crescimento positivo no terceiro trimestre. Também o Governo tem falado de sinais que apontam para uma variação positiva do PIB no terceiro trimestre.

 

Austeridade pode manter economia em recessão em 2014

 

Com este comportamento positivo da economia portuguesa nos últimos trimestres, a Católica melhorou as previsões para a totalidade deste ano. Antecipa agora uma queda de 1,5% no PIB este ano, uma melhoria de 0,9 pontos percentuais face ao estimado em Julho. Para 2014 as previsões foram também revistas em alta, com o NECEP agora a projectar uma variação nula do PIB, quando antes antevia uma queda de 0,4%.

 

O Banco de Portugal projecta uma contracção do PIB de 1,6% para este ano, sendo que o Governo é mais pessimista, antevendo uma contracção de 1,8%.  

 

O NECEP, que é mais optimista que o Governo e o Banco de Portugal, assinala que estas novas estimativas têm em “conta a evolução positiva recente da economia portuguesa, mas em ambiente de incerteza considerável”. Ressalva por isso que “as previsões para 2014 estão envoltas num grau muito elevado de incerteza, com o intervalo de previsão a incluir a projecção de [crescimento de] 0,8% assumida no Orçamento de Estado para o próximo ano, mas não se excluindo a possibilidade de nova contracção no produto, embora menos acentuada que a de 2013”.   

 

A pesar na estimativa para 2014 estão as medidas de austeridade previstas para o próximo ano. “Na ausência da necessidade de medidas orçamentais adicionais, a economia portuguesa poderia já estar numa fase de crescimento muito ligeiro. Porém, com o esforço de consolidação orçamental previsto para 2014, mesmo que não seja implementado na sua plenitude, o cenário central é a ausência de crescimento no próximo ano”.

 

No que diz respeito ao desemprego, o NECEP estima uma deterioração do indicador no terceiro trimestre, numa evolução “consentânea com o nível de actividade económica e com a redução substancial, mas pontual, do desemprego no segundo trimestre do ano”.

 

Segundo as novas estimativas do NECEP, a taxa de desemprego ter-se-á situado em 16,8% no terceiro trimestre, mais 0,4 pontos percentuais do que no segundo trimestre e mais 1 ponto percentual face ao trimestre homólogo. 

 

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