Segundo o índice PMI calculado pela Markit com base em inquéritos a mais de cinco mil gestores de empresas de países do euro, há quase três anos que o actividade do sector privado na união monetária europeia não revelava um nível tão elevado de dinamismo como o evidenciado neste mês de Janeiro.

A primeira leitura deste índice composto, divulgado nesta quinta-feira, subiu para 53,2 pontos, contra os 52,1 registados em Dezembro. O resultado ficou bem acima da marca de 50 que separa crescimento de contracção da actividade, e superou as estimativas dos economistas consultados pela Bloomberg e também pela Reuters.

Olhando apenas para o sector dos serviços, o respectivo índice PMI subiu de 51 para 51,9, acima do esperado pelos analista. A leitura que mais surpreendeu pela positiva foi, porém, a do PMI da indústria que subiu para o valor mais alto em 32 meses, ao passar de 52,7 em Dezembro para 53,9 em Janeiro.

O PMI composto para a França - país onde se têm concentrado os receios de um regresso à recessão -  mostra que a actividade económica sofreu em Janeiro a terceira contracção mensal consecutiva, embora menos pronunciada, e tanto o PMI de serviços como o da indústria acabaram por ficar acima  das expectativas. Na Alemanha, o PMI composto cresceu para o nível mais alto em 31 meses.

"Esperamos que a recuperação que estamos a observar na Alemanha e no resto da Zona Euro ajude a tirar a França de sua actual situação", comentou Chris Williamson, economista-chefe da Markit, citado pela Reuters.