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Economia terá abrandado no terceiro trimestre

Como se comportou a economia no terceiro trimestre do ano? O INE vai revelar esta terça-feira os dados referentes ao PIB. Os economistas apontam para um crescimento de 2,6%, um abrandamento face aos dois primeiros trimestres deste ano.

Miguel Baltazar/Negócios
13 de Novembro de 2017 às 16:43
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai revelar esta terça-feira, 14 de Novembro, a primeira leitura do produto interno bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano. Depois de dois trimestres com o ritmo a acelerar, prevê-se agora que o crescimento seja mais brando, ainda que acima de 2,5%.

O PIB de Portugal terá crescido 2,6% no terceiro trimestre quando comparado com o mesmo período do ano passado, de acordo com a média das estimativas de 9 economistas, compiladas pelo Negócios tendo em conta notas de análise publicadas ao longo dos últimos dois meses, bem como estimativas publicadas pela Bloomberg.

 

Este será o ritmo de crescimento mais ténue do ano, já que no primeiro trimestre a economia cresceu 2,8% e no segundo 3%.


As previsões mais optimistas são do ISEG e do HSBC, ambos a preverem um crescimento de 2,9% do PIB entre Julho e Setembro. Do lado oposto está o ING (2,4%).

 

Apesar de ser tratar de um abrandamento no ritmo de crescimento, a verdade é que as notícias continuam a ser positivas. O terceiro trimestre será o 16.º de crescimento consecutivo, o que já não acontecia desde 2008, período marcado pela crise do subprime, que deu origem à crise financeira mundial. Tendo-se seguido a crise de dívida na Europa, com Portugal a pedir ajuda financeira em 2011.

 

E o ritmo é também elevado, para a média do crescimento económico de Portugal. A última vez que a economia cresceu acima de 2% mais do que um trimestre seguido foi precisamente no final de 2007.

Consumo privado e exportações 

Ricardo Santos, economista do Fórum para a Competitividade diz que "grande parte do contributo positivo deverá vir do consumo privado e das exportações, incluindo o turismo, que continuarão a beneficiar do bom momento económico por que passam os principais parceiros económicos da área do euro". Pela negativa destaca que o "investimento começa a dar sinais de alguma desaceleração, depois de dois trimestres relativamente fortes".

 

Já o ISEG considera que um contributo mais positivo da procura externa líquida (com destaque para o potencial de exportação de automóveis produzidos no país) compensou uma "ligeira desaceleração" da procura interna, tanto em termos de consumo privado como da formação bruta de capital fixo (investimento dirigido à produção).

A previsão da Católica também "reflecte a melhoria da situação económica que é transversal aos diversos agregados, incluindo o investimento" e continua a ter um "elevado grau de incerteza".

O BBVA, que aponta para um crescimento em cadeia do PIB de 0,5%, diz que o desempenho da economia no trimestre deverá reflectir o regresso ao crescimento por parte do consumo privado e das exportações, e apesar de algumas correcções que possam ocorrer no investimento depois do forte aumento observado durante os últimos trimestres", realça a economista Myriam Montañez, que assina a nota de análise.

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