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Economia portuguesa reforça tendência de abrandamento com indicador da OCDE em mínimos de 2013
O índice da OCDE para medir as perspectivas para a economia portuguesa recuou em Maio pelo nono mês e intensificou a tendência negativa.
A economia portuguesa continua a dar sinais de abrandamento do crescimento e, de acordo com a OCDE, em Maio esta tendência foi mais forte.
O índice compósito calculado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), que antecipa viragens de ciclo económico, situou-se em 99,30 pontos no mês de Maio, o que representa o nível mais baixo desde Setembro de 2013, altura em que a economia portuguesa estava em recessão.
Trata-se do nono mês consecutivo em queda. Contra Abril este indicador desce 0,22% e face a Maio de 2017 a queda foi de 1,44%, o que representa o ritmo de descida mais intenso desde que este indicador começou a perder terreno.
Desde Fevereiro deste ano que o indicador compósito da OCDE está abaixo dos 100 pontos, o limiar entre a aceleração e a desaceleração.
O relatório publicado pela OCDE esta segunda-feira, 9 de Julho, confirma outros sinais que apontam para o abrandamento da economia portuguesa, sendo que no primeiro trimestre o PIB cresceu 0,4% face aos três meses anteriores e 2,1% contra o período homólogo.
A 15 de Junho o Banco de Portugal revelou que o indicador coincidente de actividade económica cresceu 2%, em Maio, o que representa o ritmo mais moderado desde Dezembro de 2016. O desempenho do indicador de consumo privado é idêntico: cresceu 2%, sendo o mês menos expressivo desde Dezembro de 2016.
No que diz respeito aos países da OCDE, o indicador compósito aponta para um crescimento estável. Tendo em conta as principais economias da OCDE, as tendências também se mantiveram iguais, continuando a apontar para uma estabilização nos Estados Unidos e Japão e um abrandamento na Zona Euro (incluindo França, Alemanha e Itália).