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Economia portuguesa estabiliza em máximos de 16 anos no arranque no trimestre
Os dados da Síntese Económica Conjuntura do INE relativos a Julho apontam para a manutenção do crescimento da economia nos níveis registados no segundo trimestre.
O indicador de actividade económica do Instituto Nacional de Estatística registou em Julho um crescimento de 3%, o que iguala a expansão registada nos dois meses anteriores.
De acordo com a Síntese Económica Conjuntura (SEC) do INE, a economia portuguesa arrancou o terceiro trimestre a estabilizar no ritmo de expansão que é o mais elevado em 16 anos. É preciso recuar a Abril de 2011 para encontrar um mês em que a taxa de variação homóloga do indicador de actividade económica registada foi mais elevada (+3,3%).
Este indicador sinaliza assim que no arranque do terceiro trimestre a economia portuguesa estará a registar taxas de crescimento em linha com o verificado no segundo trimestre, período em que o PIB registou um crescimento homólogo de 2,9%, o mais forte desde o quarto trimestre de 2000.
Na SEC o INE diz que o indicador quantitativo do consumo privado acelerou em Julho (aumentou 3,7%), reflectindo um contributo positivo mais expressivo da componente de consumo duradouro (cresceu 5,9%). O crescimento do consumo corrente estabilizou em 3,5%.
Em sentindo inverso, o indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) desacelerou em Julho devido "ao comportamento das componentes de material de transporte e máquinas e equipamentos". No segundo trimestre o investimento cresceu mais de 10%, renovando máximos de duas décadas.
O INE refere ainda que a actividade económica na perspectiva da produção "revelou um crescimento mais intenso, tendo os índices de volume de negócios da indústria e dos serviços, bem como os índices de produção da indústria e da construção acelerado em termos homólogos".
O instituto recupera ainda outros indicadores já publicados, como o clima económico (que mede a confiança dos empresários), que diminuiu em Agosto. Quanto à taxa de desemprego, ajustada de sazonalidade, manteve-se inalterada em Julho em 9,1%. Já as exportações e importações de bens apresentaram variações homólogas de 9,0% e 13,4% em Julho.