Notícia
Economia estabiliza e cresce 2,8% no segundo trimestre
A economia portuguesa cresceu 2,8% em termos homólogos, o mesmo que no trimestre anterior e abaixo da expectativa. Face aos primeiros três meses do ano, o PIB avançou 0,2%. Comércio externo penaliza, mas é compensado por aceleração do investimento.
A economia portuguesa cresceu 2,8% no segundo trimestre face ao trimestre homólogo, estabilizando face ao primeiro trimestre do ano. Em relação ao primeiro trimestre o PIB avançou 0,2%. Os valores divulgados esta segunda-feira, 14 de Agosto, saíram abaixo da expectativa dos analistas que apontavam para um crescimento de cerca de 3% (0,4% em cadeia), mas os 2,8% ficam ainda assim acima do crescimento médio da Zona Euro (2,1%) pelo terceiro trimestre consecutivo, garantem o melhor semestre da economia nacional desde 2000, e deverão permitir um crescimento anual em torno dos 2,5%.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o comércio internacional pressionou negativamente o andamento da actividade económica, enquanto o investimento puxou pela economia, permitindo a estabilização do crescimento em termos homólogos.
"O Produto Interno Bruto (PIB), em termos homólogos, aumentou 2,8% em volume no 2.º trimestre de 2017 (taxa idêntica à verificada no trimestre anterior)", lê-se na nota do INE que acompanha a primeira estimativa de crescimento, na qual se acrescenta que "a procura externa líquida registou um contributo ligeiramente negativo para a variação homóloga do PIB, reflectindo uma mais acentuada desaceleração em volume das Exportações de Bens e Serviços do que das Importações de Bens e Serviços". A maior travagem das exportações do que das importações foi, no entanto, compensada, pela procura interna, em particular pelo investimento: "a procura interna manteve um contributo positivo elevado, superior ao do trimestre precedente, em resultado da aceleração do Investimento", diz o instituto.
Em cadeia, "o PIB aumentou 0,2% em termos reais (variação em cadeia de 1,0% no trimestre anterior)", sendo que "o contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foi negativo", enquanto "o contributo da procura interna aumentou devido à evolução do Investimento", com contributos positivos tanto da variação de existências em armazém como de outro investimento, este último com um crescimento "inferior ao observado no trimestre anterior".
O INE divulgará a estimativa detalhada de crescimento do PIB, com dados para as suas várias componentes, a 31 de Agosto.
Melhor semestre desde 2000
Os números agora avançados pelo INE apontam para um crescimento homólogo do PIB no primeiro semestre de 2017 de 2,8% do PIB, o que a confirmar-se é o melhor crescimento homólogo semestral desde o ano 2000 quando se registaram crescimento entre 3,5% e 3,8% nos seis meses terminados em cada dos trimestres desse ano.
Com estes dados é já seguro que no conjunto do ano a economia portuguesa crescerá acima da estimativa de 1,8% que o Governo inscreveu no Orçamento do Estado, podendo aproximar-se, ou até ultrapassar o crescimento de 2,5% previsto pelo Banco de Portugal.
A evolução da actividade económica tem sido acompanhada de melhorias significativas no mercado de trabalho, com a taxa de desemprego a cair para 8,8% no segundo trimestre, dos 10,1% registados entre Janeiro e Março. Estes valores não são ajustados de efeitos sazonais ao contrário do que se passa na estimativas mensais do INE que, para Junho, apontaram para uma taxa de desemprego de 9%, o mínimo desde o inicio de 2009, e um valor abaixo da média da Zona Euro (9,1%) pela primeira vez em 11 anos.
Assim se explica em boa parte que a confiança tanto de famílias e como de empresas esteja em máximos de 20 e 15 anos, respectivamente.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o comércio internacional pressionou negativamente o andamento da actividade económica, enquanto o investimento puxou pela economia, permitindo a estabilização do crescimento em termos homólogos.
Em cadeia, "o PIB aumentou 0,2% em termos reais (variação em cadeia de 1,0% no trimestre anterior)", sendo que "o contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foi negativo", enquanto "o contributo da procura interna aumentou devido à evolução do Investimento", com contributos positivos tanto da variação de existências em armazém como de outro investimento, este último com um crescimento "inferior ao observado no trimestre anterior".
O INE divulgará a estimativa detalhada de crescimento do PIB, com dados para as suas várias componentes, a 31 de Agosto.
Melhor semestre desde 2000
Os números agora avançados pelo INE apontam para um crescimento homólogo do PIB no primeiro semestre de 2017 de 2,8% do PIB, o que a confirmar-se é o melhor crescimento homólogo semestral desde o ano 2000 quando se registaram crescimento entre 3,5% e 3,8% nos seis meses terminados em cada dos trimestres desse ano.
Com estes dados é já seguro que no conjunto do ano a economia portuguesa crescerá acima da estimativa de 1,8% que o Governo inscreveu no Orçamento do Estado, podendo aproximar-se, ou até ultrapassar o crescimento de 2,5% previsto pelo Banco de Portugal.
A evolução da actividade económica tem sido acompanhada de melhorias significativas no mercado de trabalho, com a taxa de desemprego a cair para 8,8% no segundo trimestre, dos 10,1% registados entre Janeiro e Março. Estes valores não são ajustados de efeitos sazonais ao contrário do que se passa na estimativas mensais do INE que, para Junho, apontaram para uma taxa de desemprego de 9%, o mínimo desde o inicio de 2009, e um valor abaixo da média da Zona Euro (9,1%) pela primeira vez em 11 anos.
Assim se explica em boa parte que a confiança tanto de famílias e como de empresas esteja em máximos de 20 e 15 anos, respectivamente.