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Défice comercial reduz-se e Portugal segura excedente face ao exterior

O défice da balança comercial diminuiu, apesar do mau comportamento do setor das viagens e do turismo. Nos primeiros dois meses o excedente externo ficou em 169 milhões de euros, ligeiramente acima do verificado no período homólogo.

Sérgio Lemos
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O défice comercial da economia portuguesa face ao exterior reduziu-se nos primeiros dois meses do ano, permitindo que o país continue a segurar um excedente externo. Até fevereiro, a balança de bens e serviços acumulou um défice de 520 milhões de euros, menos 152 milhões de euros do que em igual período do ano passado, mostram os dados publicados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Conforme explica a organização liderada por Mário Centeno, nos primeiros dois meses do ano o défice da balança comercial diminuiu à boleia dos bens. Nas trocas de bens, o défice reduziu-se em 1.408 milhões de euros face a igual período do ano passado. Esta melhoria mais do que compensou a degradação verificada nas trocas de serviços.

Na balança de serviços, o excedente encolheu de 1.977 milhões de euros, para apenas 721 milhões. "Esta diminuição foi maioritariamente justificada pelo decréscimo acentuado do saldo da rubrica viagens e turismo, no montante de 1.032 milhões de euros", explica o banco central.

A redução do défice comercial contribuiu assim para a manutenção do excedente externo da economia portuguesa. Portugal continua com as balanças de rendimentos secundários e de rendimentos de capital em terreno positivo, apesar de na primeira ter registado uma degradação. A justificar o pior resultado está o "aumento da contribuição nacional para o orçamento da União Europeia", lê-se no comunicado. 

Já na balança de rendimentos de capital houve uma melhoria de 350 milhões de euros, explicada pelo "contributo positivo da diminuição de passivos do Banco de Portugal junto do Euro sistema e da diminuição de depósitos de não residentes nos bancos portugueses."

A balança de rendimentos primários continua negativa, mas houve também uma melhoria, "justificada pelo aumento do recebimento de rendimentos de investimento de entidades não residentes", acrescenta o Banco de Portugal.
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