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Clima económico em Portugal em máximos de 2002

O indicador de clima económico estimado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) atingiu um máximo de 16 anos. O sector dos serviços e da construção melhoraram expectativas.

Tiago Varzim tiagovarzim@negocios.pt 28 de Junho de 2018 às 09:57
O indicador de clima económico aumentou em Junho, atingindo um máximo de Maio de 2002. Este é um sinal de que a economia portuguesa poderá ter conseguido recuperar fôlego no segundo trimestre, depois de o arranque do ano ter sido desapontante. Os números foram divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

"O indicador de clima económico aumentou em Maio e Junho, atingindo o máximo desde maio de 2002", revela o INE. Este indicador é calculado a partir das respostas dadas aos inquéritos qualitativos de conjuntura à indústria transformadora, ao comércio, à construção e aos serviços. 

Este aumento deve-se principalmente à melhoria da confiança na construção e obras públicas, assim como nos serviços. Por outro lado, em Junho, a confiança na indústria transformadora e no comércio deteriorou-se, ainda que de forma ligeira no último caso. 

A confiança na construção e obras públicas, apesar de ser negativa, tem vindo a crescer há longos meses, tendo atingido em Junho o valor máximo desde Março de 2002. "A evolução do indicador reflectiu o contributo positivo de ambas as componentes, perspectivas de emprego e opiniões sobre a carteira de encomendas, mais expressivo no segundo caso", explica o gabinete de estatísticas. 

Já a subida nos serviços reflecte o "contributo positivo das apreciações sobre a actividade da empresa e sobre a evolução da carteira de encomendas". 

Em sentido contrário, a expectativa negativa sobre a procura global e sobre a evolução dos stocks de produtos acabados prejudicaram o indicador de confiança da indústria transformadora. No caso do comércio, a afectar está a expectativa sobre o volume de vendas.

Confiança dos consumidores desce após máximo histórico

O indicador de confiança dos consumidores travou em Junho, depois de ter atingido um máximo histórico em Maio

"A redução do indicador de confiança dos Consumidores verificada em Junho resultou do contributo negativo das perspectivas relativas à situação económica do país e das expectativas relativas à evolução da poupança, de forma mais expressiva no primeiro caso", explica o INE. Em Maio, a expectativa sobre a evolução da poupança tinha atingido um máximo de Abril de 2000. Apesar disso, os números do primeiro trimestre indicam que a taxa de poupança dos portugueses caiu

O INE assinala que, "em sentido oposto, as expectativas relativas à evolução do desemprego e da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo positivo".
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