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Centeno: Crescimento"aquém das expetativas" não altera previsões
Governador do Banco de Portugal diz, em declarações exclusivas ao canal Now, que o mais importante é "olhar para o médio prazo".
O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, admite que os dados do crescimento económico português ficam "aquém" das previsões mas não são suficientes "para alterar a nossa projeção de médio prazo".
Em declarações exclusivas ao canal de televisão Now, Mário Centeno sublinha que desde a crise pandémica há registos de "acelerações, desacelerações, crescimentos mais fortes e às vezes retrocessos" mas que o mais importante é "olhar para o médio prazo".
Segundo a estimativa rápida do INE, a economia portuguesa praticamente estagnou no segundo trimestre, com um crescimento muito ligeiro (0,1%) em cadeia, travando face ao crescimento de 0,8% registado no primeiro trimestre do ano.
"O contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB passou a positivo no segundo trimestre, observando se um crescimento do investimento e uma desaceleração do consumo privado. O contributo da procura externa líquida passou a negativo, verificando-se uma variação nula das exportações de bens e serviços", descreve o INE. Ou seja, o consumo privado e o turismo penalizaram a atividade económica.
Já no conjunto dos países da moeda única, economia da Zona Euro manteve o ritmo de crescimento no segundo trimestre, ao avançar 0,3% quando comparado com os três meses anteriores. A subida é superior à da economia portuguesa, anunciou o Eurostat.
Segundo uma estimativa preliminar divulgada esta terça-feira, 30 de julho, pelo Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia, o PIB da União Europeia também cresceu 0,3% (ritmo semelhante ao do trimestre anterior) em cadeia.