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Bruxelas mais pessimista que Governo? Costa diz que previsões da UE falharam sempre

A Comissão Europeia reviu em alta as projeções para a economia portuguesa para este ano, mas ficam abaixo do esperado pelo Governo. Primeiro-ministro lembra que nos últimos anos Bruxelas falhou sempre. Já o ministro das Finanças desvaloriza as diferenças.

Tiago Sousa Dias
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O primeiro-ministro está convicto de que as previsões da Comissão Europeia (CE) vão falhar à semelhança do que aconteceu "nos últimos seis anos" que "em média subestimou o crescimento do PIB em 1,1 pontos percentuais".

António Costa fez questão de publicar esta segunda-feira uma mensagem na rede social Twitter para contrariar o pessimismo manifestado por Bruxelas quanto ao crescimento da economia previsto para este ano.

"Saudamos a melhoria das previsões da Comissão relativamente ao desempenho da economia portuguesa em 2023", começa por escrever o primeiro-ministro, fazendo acompanhar o tweet com um quadro que mostra o crescimento verificado, as previsões da CE e o respetivo desvio.

Logo de seguida, o primeiro-ministro lembra que "o histórico de previsões dá-nos confiança de que os resultados serão melhores do que agora previstos".

Segundo as previsões de inverno divulgadas nesta segunda-feira, 13 de fevereiro, a Comissão Europeia estima que a economia portuguesa trave a fundo este ano, crescendo 1%, depois de, no ano passado, ter avançado 6,7%.

A estimativa que Bruxelas apresenta agora é superior à apresentada nas previsões de outono, quando esperava que a economia portuguesa crescesse apenas 0,7%.

Ainda assim, as estimativas europeias são inferiores às do Governo. Recorde-se que no Orçamento do Estado para 2023, o Ministério das Finanças previa que a economia portuguesa cresça 1,3% este ano.

Medina desvaloriza diferenças

Em Bruxelas, à entrada para o Eurogrupo, o ministro das Finanças desvalorizou as diferenças de estimativa: "O próprio comissário Gentiloni explicou que são diferenças que se devem à fórmula de cálculo".

Fernando Medina preferiu destacar o facto de a Comissão Europeia ter melhorado as suas estimativas face a novembro, tanto quanto ao crescimento esperado para o PIB português, como para a inflação.

"O importante aqui é que todas as projeções neste momento dão um crescimento em terreno positivo para a economia portuguesa. E isso é um dado de grande importância", considerou.

"Qualquer capacidade de crescimento adicional que tenhamos em 2023 já é feito sobre uma base de utilização da capacidade produtiva muito elevada. E isso é uma boa notícia para o nosso país", defendeu Medina. 

(Atualizado às 14:19 com declarações do ministro das Finanças)

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