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BBVA vê economia a perder gás na recta final de 2016
O banco espanhol espera que a aceleração do terceiro trimestre - quando a economia cresceu 0,8% em cadeia - tenha sido "temporária" e que o crescimento venha a reduzir-se a mais de metade no último trimestre do ano, à volta de 0,3%. Meta do Governo - 1,2% no ano - deverá ser alcançada.
O BBVA estima que a economia portuguesa tenha desacelerado no último trimestre do ano passado, crescendo em torno dos 0,3% em cadeia (evolução relativamente ao anterior trimestre), depois de ter avançado a um ritmo de 0,8% entre o segundo e o terceiro trimestres.
"Os dados disponíveis relativos ao 4T16 apontam para um crescimento menor que o do terceiro trimestre, que poderá situar-se em torno dos 0,3% t/t", lê-se no research distribuído esta segunda-feira pelo banco espanhol, no âmbito do seu Observatório Económico Portugal e a que o Negócios teve acesso.
O valor é ligeiramente mais baixo que o previsto anteriormente pelo BBVA, que esperava um crescimento em cadeia no último trimestre em torno dos 0,4%.
O desempenho do PIB no quarto trimestre do ano passado será conhecido a 14 de Fevereiro, quando o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgar a estimativa rápida para aquele período.
A justificar as taxas próximas dos 0,3% no último trimestre está a dinâmica do consumo privado (patente por exemplo nas vendas a retalho e na melhoria do indicador de confiança do consumidor) e uma menor debilidade do investimento ("leves" crescimentos na produção industrial entre Outubro e Novembro).
A instituição antecipa que Portugal tenha fechado 2016 a crescer 1,2% em termos homólogos – em linha com as estimativas do Governo no Orçamento para 2017 -, antecipando para este ano um avanço do PIB em 1,3%.
(Notícia actualizada às 12:19 com mais informações)