Notícia
Banco de Portugal vê Portugal a crescer acima da média da Zona Euro até 2026
Previsões constam do boletim económico do BdP. Entidade liderada por Mário Centeno manteve previsões de crescimento económico para este ano e para o próximo que tinha avançado em março. Inflação deverá reduzir-se de forma semelhante à da Zona Euro, convergindo para 2%.
O Banco de Portugal (BdP) prevê que Portugal cresça acima da média da Zona Euro até 2026. A previsão consta do boletim económico do BdP, onde são atualizadas as previsões macroeconómicas para Portugal por parte da entidade liderada por Mário Centeno. O banco central manteve, no entanto, inalteradas as projeções para o crescimento económico deste ano e do próximo.
"Em 2024–26, a atividade económica em Portugal deverá manter um crescimento próximo do tendencial e superior ao da área do euro, entre 2 e 2,3%", lê-se no documento. Para este ano, o BdP projeta que o crescimento seja de 2%, tal como tinha previsto em março, e no próximo ano o produto interno bruto (PIB) avance 2,3%. "O crescimento em cadeia da atividade em 2024–26 oscila em torno de 0,6%", acrescenta.
Já a inflação deverá continuar a "reduzir-se de forma similar à da área do euro, convergindo para 2%, o objetivo de política monetária do Banco Central Europeu (BCE)".
Para este ano, o BdP está mais confiante em relação ao consumo privado, tendo o crescimento desse indicador sido revisto em alta (de 1,6% para 1,7%), enquanto o consumo público foi revisto ligeiramente em baixa (de 1,2% para 1%). O crescimento do investimento foi também revisto em ligeira alta (uma décima), para 2,5%. Já o aumento das exportações foi revisto em ligeira baixa de 4,2% para 4,1% este ano.
Nos próximos dois anos, a equipa económica do BdP antecipa "uma dissipação do impacto dos choques recentes e uma melhoria do enquadramento internacional". A procura interna deverá beneficiar da redução da inflação e da redução das taxas de juro, assim como da implementação de projetos financiados por fundos europeus, "acelerando de 1,4% em 2023 para 2,4% em média em 2025–26".
No caso do consumo privado, o banco central espera que cresça 1,9% entre 2024 e 2026, depois de ter atingido 1,7% em 2023. Essa trajetória será beneficiada pelo dinamismo do rendimento disponível real.
As exportações deverão manter "um crescimento dinâmico, de 3,8% em termos médios", devido à "aceleração da procura externa e ganhos de quota de mercado", que deverão compensar parcialmente "a dissipação do impulso proporcionado pela recuperação pós-pandémica dos serviços". "Ao longo do horizonte de projeção, o crescimento das exportações totais aproxima-se do da procura externa, implicando a manutenção de ganhos de quota de mercado, embora gradualmente menores", indica.
Por outro lado, o investimento deverá crescer, segundo o BdP, atingindo "3,3% em 2024, 6,1% em 2025 e 5% em 2026", impulsionado sobretudo pelo investimento público, devido sobretudo aos fundos europeus e à melhoria das condições financeiras. Porém, o investimento em habitação deverá registar "uma queda ligeira em 2024, num contexto em que o setor da construção continua a ser afetado por limitações no acesso a mão de obra e em que as condições de financiamento permanecem restritivas".
"A recomposição das exportações e a aceleração da FBCF [formação bruta de capital fixo, ou seja, investimento] no horizonte de projeção traduz-se numa reorientação da procura para componentes com maior conteúdo importado, implicando um crescimento médio das importações de 4,3% em 2024–25 e 3,5% em 2026 (2,2% em 2023)".
O BdP diz que "é expectável" que a descida da inflação e as taxas de juro ainda elevada criem incentivos à poupança. A previsão é de que a taxa de poupança aumente para 8,1% do rendimento disponível ainda este ano, e estabilize em 8,3% nos próximos dois anos, atingindo "um valor superior ao observado nos anos anteriores à pandemia (6,9% em média em 2015–19), embora inferior ao da média da área do euro".
(em atualização)
"Em 2024–26, a atividade económica em Portugal deverá manter um crescimento próximo do tendencial e superior ao da área do euro, entre 2 e 2,3%", lê-se no documento. Para este ano, o BdP projeta que o crescimento seja de 2%, tal como tinha previsto em março, e no próximo ano o produto interno bruto (PIB) avance 2,3%. "O crescimento em cadeia da atividade em 2024–26 oscila em torno de 0,6%", acrescenta.
Para este ano, o BdP está mais confiante em relação ao consumo privado, tendo o crescimento desse indicador sido revisto em alta (de 1,6% para 1,7%), enquanto o consumo público foi revisto ligeiramente em baixa (de 1,2% para 1%). O crescimento do investimento foi também revisto em ligeira alta (uma décima), para 2,5%. Já o aumento das exportações foi revisto em ligeira baixa de 4,2% para 4,1% este ano.
Nos próximos dois anos, a equipa económica do BdP antecipa "uma dissipação do impacto dos choques recentes e uma melhoria do enquadramento internacional". A procura interna deverá beneficiar da redução da inflação e da redução das taxas de juro, assim como da implementação de projetos financiados por fundos europeus, "acelerando de 1,4% em 2023 para 2,4% em média em 2025–26".
No caso do consumo privado, o banco central espera que cresça 1,9% entre 2024 e 2026, depois de ter atingido 1,7% em 2023. Essa trajetória será beneficiada pelo dinamismo do rendimento disponível real.
As exportações deverão manter "um crescimento dinâmico, de 3,8% em termos médios", devido à "aceleração da procura externa e ganhos de quota de mercado", que deverão compensar parcialmente "a dissipação do impulso proporcionado pela recuperação pós-pandémica dos serviços". "Ao longo do horizonte de projeção, o crescimento das exportações totais aproxima-se do da procura externa, implicando a manutenção de ganhos de quota de mercado, embora gradualmente menores", indica.
Por outro lado, o investimento deverá crescer, segundo o BdP, atingindo "3,3% em 2024, 6,1% em 2025 e 5% em 2026", impulsionado sobretudo pelo investimento público, devido sobretudo aos fundos europeus e à melhoria das condições financeiras. Porém, o investimento em habitação deverá registar "uma queda ligeira em 2024, num contexto em que o setor da construção continua a ser afetado por limitações no acesso a mão de obra e em que as condições de financiamento permanecem restritivas".
"A recomposição das exportações e a aceleração da FBCF [formação bruta de capital fixo, ou seja, investimento] no horizonte de projeção traduz-se numa reorientação da procura para componentes com maior conteúdo importado, implicando um crescimento médio das importações de 4,3% em 2024–25 e 3,5% em 2026 (2,2% em 2023)".
O BdP diz que "é expectável" que a descida da inflação e as taxas de juro ainda elevada criem incentivos à poupança. A previsão é de que a taxa de poupança aumente para 8,1% do rendimento disponível ainda este ano, e estabilize em 8,3% nos próximos dois anos, atingindo "um valor superior ao observado nos anos anteriores à pandemia (6,9% em média em 2015–19), embora inferior ao da média da área do euro".
(em atualização)