Notícia
Atividade económica recua pelo terceiro mês em abril
A evolução no primeiro mês do segundo trimestre foi desfavorável, de acordo com a Síntese Económica de Conjuntura do INE.
A economia nacional volta a dar sinais de abrandamento, com o indicador do Instituto Nacional de Estatística para medir a atividade económica a recuar em abril pelo terceiro mês seguido.
O Indicador de atividade económica cresceu a uma taxa homóloga de 2% em abril, o que compara com o crescimento de 2,1% em março e 2,2% em fevereiro. Janeiro (+2,4%) foi o único mês deste ano em que o indicador registou um crescimento homólogo mais acentuado do que no mês anterior.
Na Síntese Económica de Conjuntura publicada esta segunda-feira, o INE nota que "o indicador de atividade económica, disponível até abril, e o indicador de clima económico, disponível até maio, diminuíram".
A penalizar a atividade económica em abril terá estado a evolução mais fraca do consumo das famílias, sendo que no investimento a trajetória continua a ser de recuperação.
"O indicador quantitativo do consumo privado diminuiu em abril, refletindo um contributo positivo menos expressivo de ambas as componentes, consumo duradouro e não duradouro", refere o INE, dando conta que "o indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) acelerou em abril, devido ao contributo positivo mais intenso das componentes de máquinas e equipamentos e de material de transporte".
A taxa de crescimento do consumo corrente passou de 2,8% em março para 2,5% em abril. Já a taxa de crescimento do consumo duradouro passou de 3,3% em março para 1% em abril, sendo esta travagem explicada em grande parte pela quebra de 6% nas vendas de automóveis ligeiros.
No que diz respeito aos setores de atividade o INE refere que "em termos nominais, verificou-se uma diminuição homóloga na indústria e um abrandamento nos serviços", enquanto "em termos reais, observou-se uma diminuição menos expressiva do índice de produção da indústria, enquanto o índice de produção da construção revelou um crescimento homólogo mais acentuado".
Na sexta-feira o Banco de Portugal revelou que o indicador do banco central que mede o estado corrente da atividade económica aumentou ligeiramente em maio para 2,1%, a variação homóloga mais elevada desde maio de 2018.
A economia portuguesa cresceu 1,8% no primeiro trimestre deste ano. No conjunto do ano, o Governo projeta um crescimento de 1,9% em 2019.