Notícia
Angola e China penalizam exportações portuguesas no primeiro semestre
Os mercados angolano e chinês foram os principais responsáveis pelo pior desempenho do comércio internacional de bens de Portugal de Janeiro a Junho deste ano.
O desempenho das exportações portuguesas desacelerou no primeiro semestre, apesar de continuarem a crescer. Os mercados com mais responsabilidade neste travão foram os de Angola e China, tanto do lado das exportações como das importações, penalizando o défice comercial. No total, as exportações abrandaram de um crescimento de 12,2% de Janeiro a Junho de 2017 para 6,6% no mesmo período deste ano.
Ao todo, Angola representou um decréscimo de 135 milhões de euros para as exportações portuguesas enquanto na China esse valor foi de 105 milhões de euros. Ambos os mercados extra-comunitários impediram assim maiores crescimentos das vendas ao exterior.
O mercado angolano tem peso nas exportações de agro-alimentares, máquinas e aparelhos, sendo o oitavo maior destino. Já a China tem um peso menor, comprando a Portugal principalmente madeira, cortiça e papel.
Ainda assim, as vendas ao exterior estão a aumentar, principalmente porque as exportações comunitárias para Espanha, Alemanha, França, Itália e Áustria continuaram a expandir no primeiro semestre.
Os dados constam da análise de Walter Anatole Marques, publicada pelo Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia, aos números do comércio internacional de bens do primeiro semestre com base nos dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados na passada quinta-feira, 9 de Agosto.
Esta penalização aconteceu não só do lado das exportações, mas também no das importações. Ao mesmo tempo que exportou menos, Portugal importou mais 315 milhões de euros de Angola e mais 110 milhões de euros da China, castigando o saldo com ambos os países.
Portugal compra essencialmente produtos energéticos (petróleo) a Angola. Do mercado chinês chegam calçado, peles, couro, têxteis, vestuário e produtos acabados diversos.
Este desempenho junto destes mercados explica, em parte, o porquê de o défice se ter aproximado dos níveis pré-troika, tal como o Negócios noticiou na semana passada. Os mercados extracomunitários (fora da União Europeia), onde se incluem a China - o quinto país com o qual Portugal tem um maior défice comercial - e Angola, foram responsáveis por dois terços do aumento do défice comercial de bens no primeiro semestre.
Preço do petróleo no valor mais alto em ano e meio
O petróleo importado atingiu em Junho o valor mais elevado em, pelo menos, ano e meio. "O valor médio unitário de importação do petróleo, que no conjunto dos seis primeiros meses de 2017 se situou em 354 Euros por tonelada, subiu para 427 Euros por tonelada em igual período de 2018", lê-se na análise. Em Junho atingiu os 471 euros (ver gráfico).
O aumento do preço do petróleo importado tem vários efeitos, nomeadamente porque "a variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos".
Ao todo, Angola representou um decréscimo de 135 milhões de euros para as exportações portuguesas enquanto na China esse valor foi de 105 milhões de euros. Ambos os mercados extra-comunitários impediram assim maiores crescimentos das vendas ao exterior.
Ainda assim, as vendas ao exterior estão a aumentar, principalmente porque as exportações comunitárias para Espanha, Alemanha, França, Itália e Áustria continuaram a expandir no primeiro semestre.
Os dados constam da análise de Walter Anatole Marques, publicada pelo Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia, aos números do comércio internacional de bens do primeiro semestre com base nos dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados na passada quinta-feira, 9 de Agosto.
Esta penalização aconteceu não só do lado das exportações, mas também no das importações. Ao mesmo tempo que exportou menos, Portugal importou mais 315 milhões de euros de Angola e mais 110 milhões de euros da China, castigando o saldo com ambos os países.
Portugal compra essencialmente produtos energéticos (petróleo) a Angola. Do mercado chinês chegam calçado, peles, couro, têxteis, vestuário e produtos acabados diversos.
Este desempenho junto destes mercados explica, em parte, o porquê de o défice se ter aproximado dos níveis pré-troika, tal como o Negócios noticiou na semana passada. Os mercados extracomunitários (fora da União Europeia), onde se incluem a China - o quinto país com o qual Portugal tem um maior défice comercial - e Angola, foram responsáveis por dois terços do aumento do défice comercial de bens no primeiro semestre.
Preço do petróleo no valor mais alto em ano e meio
O petróleo importado atingiu em Junho o valor mais elevado em, pelo menos, ano e meio. "O valor médio unitário de importação do petróleo, que no conjunto dos seis primeiros meses de 2017 se situou em 354 Euros por tonelada, subiu para 427 Euros por tonelada em igual período de 2018", lê-se na análise. Em Junho atingiu os 471 euros (ver gráfico).
O aumento do preço do petróleo importado tem vários efeitos, nomeadamente porque "a variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos".