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Actividade económica da Zona Euro em mínimos de ano e meio
Apesar do crescimento global estar ligeiramente abaixo da média registada desde o início do ano, o emprego aumentou ao ritmo mais elevado em cerca de cinco anos e meio, beneficiando tanto a manufactura como os serviços.
Os dados preliminares do índice de gestores de compras PMI na Zona Euro, que medem o pulso à evolução da economia, apontam para que Julho tenha sido um mês de crescimento para a actividade, mas em mínimos de ano e meio no mês seguinte à decisão do Reino Unido sair da União Europeia.
De acordo com a Markit, o PMI compósito (que mede a actividade tanto nos serviços como no sector manufactureiro) ficou este mês nos 52,9, contra os 53,1 pontos registados em Maio e Junho e em mínimos de Dezembro de 2014. Valores acima de 50 pontos significam expansão da actividade e há 37 meses contínuos que o desempenho da Zona Euro fica acima desta fronteira.
O maior recuo deu-se na componente da manufactura (caindo de 52,8 para 51,9) enquanto nos serviços deslizou de 52,8 para 52,7. A componente de exportação caiu dos máximos de seis meses registados em Junho, com a situação no Reino Unido (enfraquecimento da libra no pós-referendo do Brexit) a penalizar as compras dos britânicos ao estrangeiro.
Apesar do crescimento global estar ligeiramente abaixo da média registada desde o início do ano, o emprego aumentou ao ritmo mais elevado em cerca de cinco anos e meio, beneficiando tanto a manufactura como os serviços.
A evolução média do índice de gestores de compras na Zona Euro contrasta com as melhorias registadas nas duas principais economias da área da moeda única. Os valores preliminares do PMI da Alemanha estão em máximos de 7 meses (nos 55,3), ao passo que o da França ficou em 50 (saindo do terreno de contracção em que tinha ficado no mês anterior).