Notícia
Actividade económica em mínimo de 20 meses com travagem do consumo
A taxa de crescimento do consumo privado é a mais baixa desde Agosto de 2016, o que denota uma travagem no consumo das famílias.
O índice do Banco de Portugal para medir o crescimento da actividade económica voltou a recuar em Julho, apontando para um abrandamento da economia nacional.
O indicador coincidente mensal para a actividade económica cresceu a um ritmo anual de 1,8% em Julho, menos uma décima do que no mês anterior. Julho foi já o décimo mês consecutivo de descidas neste indicador, que está agora no nível mais baixo desde Novembro de 2016 (20 meses).
A contribuir para o crescimento mais brando deste indicador está o consumo privado, que regista uma travagem mais brusca. O indicador coincidente mensal para o consumo privado, também calculado pelo Banco de Portugal, cresceu 1,6% em Julho, quando em Junho tinha aumentado 1,9%.
A taxa de crescimento é a mais baixa desde Agosto de 2016, o que denota uma travagem no consumo das famílias, que foi precisamente um dos sectores que mais impulsionou a economia nos últimos trimestres.
Apesar da evolução deste indicador, a economia portuguesa acelerou ligeiramente no segundo trimestre, com o crescimento em cadeia de 0,5% e em termos homólogos de 2,3%.
Uma estimativa recente do Montepio aponta para que a economia portuguesa tenha voltado a acelerar no terceiro trimestre (Julho a Setembro).