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Actividade económica estabiliza no arranque do terceiro trimestre

A economia portuguesa terá estabilizado em Julho, de acordo com o indicador de actividade económica do INE. Tal deve-se à desaceleração do consumo privado que foi compensada pela aceleração do investimento.

Pedro Elias
19 de Setembro de 2018 às 11:20
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Depois de acelerar para um crescimento de 2,3% no segundo trimestre, a economia portuguesa terá estabilizado no arranque do terceiro trimestre. O consumo privado desacelerou, mas esse efeito foi compensado pela aceleração do investimento realizado em Portugal. 

"Em Portugal, o indicador de actividade económica, disponível até Julho, e o indicador de clima económico, disponível até Agosto, estabilizaram", revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira, dia 19 de Setembro, na Síntese Económica de Conjuntura. O indicador de actividade económica tinha diminuído nos dois meses anteriores. Já o indicador de clima económico continua em máximos de Maio de 2002. 

Esta estabilização deveu-se a tendências contrárias nas componentes da actividade económica. Por um lado, o consumo privado desacelerou em Julho, "reflectindo um contributo positivo menos expressivo de ambas as componentes, consumo corrente e consumo duradouro", apesar de as vendas dos automóveis ligeiros de passageiros continuarem a crescer a passos largos.

Por outro lado, o investimento acelerou "devido ao contributo positivo mais intenso da componente de construção, tendo o contributo da componente de material de transporte passado de negativo em Junho para nulo". "O indicador de investimento em construção acelerou nos últimos três meses, interrompendo o perfil de desaceleração observado desde Junho de 2017", refere o INE. Além disso, as exportações de bens (9,4%) cresceram em Junho a um ritmo superior aos das importações (8,7%). 

Quanto aos sectores, o índice de volume de negócios nos serviços (incluindo o comércio a retalho) destacou-se por ter acelerado "de forma ténue" em Julho, um dos meses mais activos para o turismo nacional. Já o índice do volume de negócios na indústria e na construção abrandaram. O índice na indústria contraiu. 

Esta evolução contrasta com o que aconteceu na Zona Euro onde tanto o indicador de confiança dos consumidores como o indicador de sentimento económico diminuíram em Agosto. Na Zona Euro o crescimento do segundo trimestre foi de 2,1%.
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