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69% das empresas espera manter força de trabalho igual a 2019

A maioria das empresas que respondeu ao inquérito da CIP espera vender menos nos últimos quatro meses deste ano do que no mesmo período de 2019. Ainda assim, só 21% assumem que vão reduzir a força de trabalho face ao ano passado.

Terminado o confinamento geral, muitas pessoas começam a regressar aos seus locais de trabalho.
Paulo Calado
14 de Setembro de 2020 às 17:42
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A maioria das empresas em Portugal espera manter o mesmo número de trabalhadores no período de setembro a dezembro deste ano, quando comparado com os mesmos quatro meses de 2019. A conclusão consta do estudo Sinais Vitais, um projeto da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, em parceria com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE, apresentado esta segunda-feira.

De acordo com o inquérito, 69% das empresas disse esperar manter a sua força de trabalho inalterada, apesar da crise provocada pela pandemia de covid-19. Só 21% das empresas assumem que deverão ter no final deste ano menos funcionários do que os que tinham no mesmo período do ano passado. Entre as empresas que admitem despedir, o corte médio esperado nos recursos humanos é de 27%. Os restantes 10% indicam que vão contratar face a 2019, antevendo uma subida de 14%.

A promessa de não reduzir o emprego surge apesar das más expectativas quanto às vendas. Depois de atravessado aquele que se espera que tenha sido o período mais agudo da crise – abril e maio, quando a economia esteve em confinamento, em estado de emergência e vários setores parados – as empresas antecipam uma recuperação relativamente lenta. 

Quando questionadas sobre o impacto da crise nas vendas dos próximos meses, 61% disse antecipar uma queda. Em termos médios, o valor da redução prevista aponta para uma contração de 39% das vendas. Menos de um terço das inquiridas (27%) disse esperar manter o mesmo nível de vendas nos últimos quatro meses do ano, enquanto 12% afirmaram esperar uma subida (em média, de 22%).

Há 12% das empresas a afirmar que ainda estão a utilizar o lay-off e 17% a indicar que já recorreram ao incentivo extraordinário à normalização da atividade empresarial.

39% vai cortar o investimento para metade

O estudo indica ainda que 39% das empresas inquiridas preveem concretizar menos investimento este ano, do que em 2019. A queda, dizem os empresários em causa, é muito acentuada: 54% em termos médios.

Apenas 17% das empresas afirmam que chegarão ao final deste ano com níveis de investimento superiores aos de 2019, sendo a subida em média de 34%.

Ainda assim, analisando a evolução das suas vendas e prestação de serviços, muitas empresas (30% do total de inquiridos) indicam que em agosto, face aos níveis pré-pandemia, conquistaram novos clientes. Estes novos clientes representaram 15% das suas vendas, naquele mês.

O estudo foi realizado com base numa amostra de 658 empresas e apresenta uma margem de erro de 3,8%, para um intervalo de confiança de 95%.

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