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Mapa: Os 20 piores municípios são pequenos e do interior do país. Veja como pontua o seu

Os 20 municípios menos sustentáveis são pequenos e do interior do país, segundo o Rating Municipal Português. Por oposição, os maiores níveis de sustentabilidade foram detetados nos municípios do litoral.

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Celorico da Beira é o último município do Rating Municipal Português (RMP), um ranking divulgado pela Ordem dos Economistas nesta terça-feira, 7 de maio. É um município de pequena dimensão populacional, do interior do país (distrito da Guarda) e que está incluído na portaria que lista as autarquias que, pela sua interioridade e dimensão, necessitaram de benefícios para incentivar o seu desenvolvimento económico.

O mesmo acontece nos municípios seguintes no final da tabela: todos os 20 piores municípios do ranking divulgado são de pequena dimensão, do interior e estão incluídos no Programa Nacional para a Coesão Territorial.

Pelo contrário, foi detetado um nível de sustentabilidade maior nos municípios do litoral – e de maior e média dimensão. Lisboa, Porto e Oeiras ficam no ‘top 3’ da tabela. Mas o mesmo verifica-se nas 30 posições seguintes.

E a situação, em 2016, "era muito semelhante", segundo os autores do ranking. Não pelos municípios que se mantiveram no ‘top três’ (só o Porto melhorou, que subiu do 17.º lugar), nem pelos municípios nos últimos 3 da tabela (só Alijó se mantém). Mas pelas suas características: nesse ano, 25 dos 30 piores municípios eram pequenos. Aliás, em 2018, 27 dos 30 piores eram pequenos municípios.


Embora estas posições se refiram à avaliação global dos municípios, o estudo demonstra que são esses municípios que também demonstram um mau comportamento na maioria dos indicadores da análise, sobretudo no que se refere aos serviços prestados à população. Nesta dimensão, Celorico da Beira passa a segundo pior município no serviço prestado à população. A pior autarquia é Góis (do distrito de Coimbra).

Paulo Caldas, ex-autarca que liderou o estudo, explicou ao Negócios que a má posição dos pequenos municípios se deve a "características intrínsecas" que apresentam, como a "inexistência de meios, de recursos humanos e financeiros, que potenciem um bom serviço aos cidadãos e investimento público".

O mesmo acontece com os Fundos Europeus, segundo um outro estudo da autoria de Paulo Caldas: "Nos 15 anos que analisámos, os pequenos municípios, sendo menos sustentáveis, faziam um uso menos eficientes dos recursos para investir".

O ex-autarca (que agora é investigador e diretor da Associação Industrial Portuguesa) diz que é necessária uma "dimensão mínima para concretizar um bom serviço à população e fazer investimentos estruturais". Que esses municípios de pequena dimensão e do interior não conseguem ter sozinhos.

É por isso que, para Paulo Caldas, os municípios de pequena dimensão devem cooperar entre si ou através das comunidades intermunicipais. Já começa a haver esse tipo de cooperação", considera, mas é preciso mais. 

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